Como a CBF "vendeu" a seleção brasileira
No Estadão:
DOCUMENTOS MOSTRAM COMO A CBF 'VENDEU' A SELEÇÃO
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Convocados
Pelo acordo secreto, ficou estipulado que a seleção deveria entrar em campo sempre com seus principais jogadores, sem qualquer possibilidade de testar jovens promessas ou usar amistosos para preparar o grupo olímpico. "A CBF garantirá e assegurará que os jogadores do Time A que estão jogando nas competições oficiais participarão em qualquer e toda partida", diz o artigo 9.1.
DEL NERO NÃO ACHA 'TÃO RUIM' CONTRATO FEITO POR RICARDO TEIXEIRA
Presidente da CBF defende contrato feito na administração anterior
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, defendeu o contrato feito na administração Ricardo Teixeira com a ISE para a realização dos amistosos da seleção. Ele disse que o acordo foi estabelecido numa época em que os jogos da equipe feitos no Brasil davam prejuízos e que, hoje, a entidade não corre o menor risco de ficar no vermelho quando o time entra em campo.
“O contrato, na medida do possível, a gente faz para cumprir. Nós chegamos já tinha esse contrato, temos de cumprir. Eu não chego a dizer que esse contrato é tão ruim. Porque quando a gente jogava aqui no Brasil não chegava a tirar esse valor (US$ 1,05 milhão). Hoje quanto é isso? R$ 3 milhões é pouco? Se analisar, hoje o contrato é bom", disse ao Estado.
O presidente garantiu que, em todos os amistosos, as cotas de transmissão são da CBF. “O direito da televisão é nosso, da CBF. Qualquer maneira é da CBF. Fora do Brasil também".
Ele rebate o argumento de que os intermediários ganham muito mais do que a CBF com os amistosos. “Há jogos que dão prejuízos. O amistoso em Porto Alegre (contra Honduras, em 10 de junho) não vai ter lucro. Vai dar o quê? R$ 4 milhões? Fora do Brasil os amistosos que rendem bem é o momento de lucro deles. Eles perdem dinheiro, ganham dinheiro. Perdem e ganham. Mas a CBF não corre risco nenhum.’’
Del Nero enfatizou que não estava na entidade quando os contratos com a ISE foram feitos e afirmou não conhecer seus integrantes. Disse ter sido apresentado a um executivo, mas que seu contato era com um funcionário, com quem tratava sobre “uma série de fatores’’. “Mas fui informado que esse funcionário está saindo da empresa.’’ A relação da diretoria da CBF é com a Pitch, empresa que desde 2012 faz a operação dos jogos da seleção.
O dirigente admitiu ter conversado, junto com o ex-presidente José Maria Marin, com o Grupo Figer, que tinha o objetivo de oferecer novo parceiro para a seleção. “Toda vez que vem uma proposta você tem de ouvir. Se for interessante, podemos romper o contrato (em vigência), desde que sejam pagas as multas. Então nós analisamos (a proposta da Kentaro, via Figer), mas não chegou àquilo que podia interessar.
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