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Por que a decisão de Celso de Mello é histórica

Decisão do Supremo põe fim a um vácuo institucional.
publicado 05/06/2015
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O ansioso blogueiro decidiu explicar à incansável navegante Marília por que a vitória de “PHA no Supremo” contra o imaculado banqueiro, aquele dos dois HCs Canguru que maculam a Magistratura brasileira, por que a vitória é estratégica, histórica.


Porque é uma decisão monocrática: ou seja, o ministro decano Celso de Mello tomou por base para a decisão todas as decisões que o Tribunal já tinha deliberado sobre a matéria.

Não há mais o que discutir - nem submeter a decisão dele aos outros ministros.

Seria uma redundância.

Portanto, toda vez em que houver uma ação referente à liberdade de expressão, a defesa poderá invocar essa decisão.

Ou seja, quer insistir em me processar, tá bom: vamos até o Supremo e lá eu ganho !

O objetivo de ações por liberdade de expressão, portanto, serão, apenas, daqui para a frente, para cansar e exaurir o jornalista pelo bolso !

E esse “abuso do Direito de recorrer ao Direito” pode custar caro ao requerente da ação...

Com o fim da Lei de Imprensa, em 2009, na pratica houve um vácuo institucional.

Os juízes não tinham referencia para julgar.

A única referência era a Constituição.

Mas, até o acusado chegar ao Supremo, para que a Constituição prevalecesse, ele/a tinha que aguentar dez anos de pressão, oficial de Justiça na porta, execração publica – e  gastar uma fortuna !

A histórica decisão do Ministro Celso de Mello encurta esse caminhão – e acaba com a judicialização da censura, pelo bolso !

Nesse capitulo da Liberdade de Expressão no Brasil democrático falta o Supremo decidir sobre a Lei das Biografias – e restabelecer a liberdade plena, apesar do talento de Chico Buarque, Roberto Carlos, Cae e Gil - esses dois últimos, agora, em tournée para legitimar o Estadista Bibi Netanyahu !

Veja, amiga navegante Marília, o que disse Gil ao Estadão:

“Os meios de comunicação querem garantia total à liberdade de expressão sem cuidar de outros aspectos”.

Quais aspectos, Gil ?

Quais ?

Nem no Israel do Bibi falta liberdade de expressão para biógrafos, Gil !



Paulo Henrique Amorim