Destruir e-mail que está com o Moro ?
Vamos supor que o Globo, para variar, diga a verdade.
Assim, Marcelo Odebrecht, dono da Odebrecht, ele próprio, atrás das grades, entregou a agentes da Polícia Federal um bilhete manuscrito para que fosse encaminhado a seus advogados.
Ou seja, o preso sem acusação formal, de endereço certo e conhecido, chama um agente da PF e entrega um bilhete com sua letra quase ilegível para ser entregue a seus defensores.
Em cima o bilhete a expressão “pts p/ o hc”.
Não é preciso ser um sherlock da PF do zé, o inepto, e perceber que são instruções aos advogados para orientar um pedido de Habeas Corpus.
Nesse bilhete se lê: “destruir e-mail sondas”.
Segundo a advogada de Marcelo, Dora Cavalcanti, a instrução – passada a agentes da Polícia Federal, frise-se – tem o sentido de “desconstituir, rebater, informar” a interpretação equivocada do e-mail que ajudou a basear sua prisão.
“NÃO FARIA SENTIDO DESTRUIR O QUE JÁ É CONHECIDO”, diz Cavalcanti.
É o tal bilhete a que se refere o Fernando Brito: o e-mail que mandaram ao Marcelo e a que ele NÃO deu resposta.
É a história do Fernando: “Dr Moro, o cacho de bananas lhe será entregue inteiro”…, diria um e-mail que alguém poderia mandar de uma lan-houe ao Juiz da Vara de Guantánamo – sem que ele desse resposta.
Claro que Eduardo Mauat, delegado da Polícia Federal – será um dos aecistas, um daqueles subordinados do zé, que fazem tiro ao alvo com a imagem da Presidenta ? - se espantou com a prova definitiva em suas mãos e encaminhou ao Juiz da Vara de Guantánamo.
Porque, segundo disse o astuto delegado ao Juiz da Vara de Guantánamo, “havia clara (sic) possibilidade (sic) (se é clara, como pode ser uma possibilidade ? - PHA) de ter orientação para a pratica de conduta estranha à relação advogado-cliente”.
Um jênio.
E, agora, dr Mauat, quem praticou conduta estranha a uma investigação policial e vazou ao PiG o bilhete do Marcelo.
Vossa Excelência ou o Juiz da Vara de Guantánamo ?
Virou uma esculhambação, perguntaria o Ricardo Melo ?
Quer dizer que um encarcerado sem provas e de endereço certo entrega um bilhete a um agente federal para ser encaminhado a seus advogados e o PiG recebe uma copia, NO MESMO DIA, na bandeja ?
Vai ver que a Hosean Quenedi, da CBN, recebeu antes da Dra Dora Cavalcanti.
Esse inacreditável episódio de manipulação de um julgamento é mais uma das mil e uma provas de que o Dr Moro quer transformar a Lava Jato no Mensalão à enésima potência.
Condenar o PT, o Lula e a Dilma no PiG.
Manipular a opinião pública contra os “réus”, como se faz nos filmes de cowboy com as cenas de linchamento de presos na cadeia de Dodge City.
E, para isso, fechar o Brasil, com o trancamento das atividades de algumas das maiores empresas do país.
O plano é tão megalomaníaco quanto inaceitável.
Como é que alguém pretende destruir uma prova que o Moro já tem ?
Isso só se passa na cabeça dos Golpistas – como o Moro, os delegados aecistas, os procuradores fanfarrões e o PiG.
Agora, passou pela cabeça do ansioso blogueiro o que o Emilio Odebrecht vai dizer no ouvido de um dos filhos do Roberto Marinho, quando o visitar na cadeia da Florida, por causa da sociedade com o J. Hawilla…
O que dirá, amigo navegante ?
Paulo Henrique Amorim