Centrais no Instituto Lula: "não vai ter Golpe!"
Cerca de 5 mil pessoas foram ao Instituto Lula, localizado no bairro do Ipiranga, em São Paulo, neste domingo (16), para manifestar apoio à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula. Os números são da organização do evento.
Vestidos de vermelho, representantes de centrais sindicais e apoiadores dos governos Lula e Dilma realizaram debates e defenderam o fortalecimento da democracia. O encontro foi um contraponto às manifestações que pediam a saída da presidenta.
Em clima animado, o grupo entoou cantos como "O povo na rua / coxinha recua", "Não vai ter golpe!", além do tradicional "O Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo".
Vagner Freitas, presidente da CUT, esteve no evento e explicou a frase que gerou polêmica durante a semana. "A nossa arma é a democracia, a nossa arma é a mobilização, a nossa arma são as greves, a nossa arma são os sindicatos fortes, organizados, em defesa da democracia e contra o retrocesso", disse. "Precisamos de paz e tranquilidade para fazer o Brasil crescer. A nossa arma é a arma dos trabalhadores", complementou Vagner Freitas.
O presidente da CUT ainda defendeu a investigação e a prisão dos culpados em casos de corrupção. Ressaltou, porém, a necessidade de que todos os partidos sejam investigados, e não somente o PT. "Gostaria que (a investigação e a punição) fosse para todos, todos que cometeram crimes. Não apenas para alguns", disse Vagner.
Estiveram presentes representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, da CUT, do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores na Administração e Autarquias do Município de São Paulo, Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Químicos e de movimentos sociais.
No dia 31 de julho, uma bomba foi arremessada contra o Instituto Lula e abriu um buraco - um buraquinho, segundo o Ataulpho Merval - no imóvel. Desde então, centrais sindicais fazem vigília na frente do Instituto.
João de Andrade Neto, editor do Conversa Afiada