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300 novas sepulturas são abertas enquanto bolsonaristas protestam

Carreatas aconteceram em São Paulo. Nos cemitérios, a tragédia se consuma
publicado 19/04/2020
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Fotos: Menino do drone no Instagram e Roberto Parizotti/ Fotos Públicas

O sábado na cidade de São Paulo foi marcado por duas notícias impactantes sobre a pandemia do novo coronavírus.

Enquanto cerca de 13 retroescavadeiras começaram a trabalhar na abertura de sepulturas extras no cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste da capital, manifestantes foram às ruas pedir a reabertura do comércio.

Segundo a Folha de S.Paulo, a carreata contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), neste sábado (18), atraiu curiosidade e indignação.

Nos prédios, moradores filmavam o movimento, enquanto outros mostravam o dedo do meio. Houve quem atirasse ovos e tomate.

Na avenida Rebouças, ovos atingiram o caminhão de som. "Queremos trabalhar. Todo mundo na rua, abrindo seu comércio", respondeu um manifestante. Eventuais panelas em repúdio ao protesto eram abafadas pelas buzinas e pelos discursos no caminhão.

Abertura de sepulturas

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria das Subprefeituras, informou, por meio de nota, que a ação no cemitério de Vila Formosa faz parte do “Plano de Contingência do Serviço Funerário, que será detalhado nos próximos dias”.

Na quarta-feira (15), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, assinou um decreto criando o Comitê Intersecretarial de Contingência Funerária, que vai administrar o chamado "Plano de Contingência do Serviço Funerário" da cidade durante a pandemia do coronavírus.

De acordo com o G1, o o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep) informou que ao menos 300 covas foram abertas neste sábado por essas máquinas durante o sábado.