72 milhões de brasileiros não têm esgoto
IBGE: depois da Dilma não houve investimentos
publicado
23/05/2019
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Na Rocinha, um retrato do neolibelismo... (Créditos: Victor Moriyama/El País)
Do PiG cheiroso:
Saneamento emperra, e país tem 72 milhões de pessoas sem esgoto
Mesmo ainda distante da universalização, o saneamento básico ficou estagnado no país no ano passado. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados ontem pelo IBGE mostram que 72,4 milhões de brasileiros viviam em domicílios sem acesso à rede coletora de esgoto em 2018, resultado pior que no ano anterior (72,1 milhões). É uma população da França.
De acordo com a pesquisa, 66,3% dos domicílios brasileiros estavam diretamente conectados com a rede geral ou tinham fossa ligada à rede de coleta. No ano anterior, a proporção era de 66% - a diferença, de 0,3 ponto, é considerada estabilidade pelo instituto. A pesquisa não aprofundou, porém, se esse esgoto está sendo mais bem tratado ou se recebia tratamento melhor anteriormente.
"A estagnação tem a ver com a falta de investimentos a partir de 2015, no governo Dilma, quando a crise econômica começou. O setor depende de recursos públicos para expandir e o que vimos foi a falta de capacidade de investimento dos Estados, que tiveram perdas de receita e estão sem espaço de endividamento", diz Alceu Galvão, consultor do Instituto Trata Brasil.
Além da estagnação no acesso à rede de esgoto, o levantamento mostra que a coleta de lixo não avançou. Cerca de 20 milhões de pessoas - 9,7% da população brasileira - viviam em residências sem serviço de coleta de lixo, estável na comparação ao ano anterior. Já a proporção de lares com água pela rede geral de distribuição está em 88,3%, mesmo nível do ano anterior. (...)
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