A oposição precisa sair do blá-blá-blá
Xavier: o combate é nas ruas, não em bate-bocas na internet
publicado
12/03/2019
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O Conversa Afiada publica sereno (sempre!) artigo de seu colUnista exclusivo Joaquim Xavier:
Nada contra a atividade oposicionista diante da enxurrada de tuítes mentirosos, aloprados e desequilibrados da famiglia Bolsonaro. É uma disputa necessária, mas insuficiente e ineficaz diante da artilharia do Planalto. A (...) que se apossou da Presidência tem poder de fogo a custo zero para atacar reputações e difundir fake news aos montões.
Os ataques a jornalistas, os desmentidos presidenciais a atos publicados no próprio Diário Oficial e outros tantos mostram que a máquina montada pelo americano Steve Bannon para eleger Donald Trump e Bolsonaro permanece acesa. Só que as eleições, devidamente fraudadas, já terminaram. O jogo é outro.
Enquanto a oposição concentra esforços para apenas policiar os 240 caracteres que o tenente-capitão e sua famiglia são capazes de produzir, o desmonte do Brasil segue seu curso atrás desta cortina de fumaça.
A cada dia, surgem notícias mostrando que a “reforma da previdência” é muito mais ambiciosa para os poderosos do que o anunciado. A mudança para o regime de capitalização – o do salve-se quem puder—pretende atacar ainda mais as prerrogativas trabalhistas que restaram após as medidas de Temer. Trata-se da liquidação completa de direitos adquiridos há décadas pela maioria do povo.
De pouco adianta dirigir impropérios a Olavo de Carvalho, Menendéz, Eugênio Araújo, Damares e assemelhados.
Não que eles não mereçam. Nem pensar em poupá-los. São (...) assumidos a serviço da destruição do Brasil. Mas pergunte ao povo se sabe de quem se trata. Talvez a academia, ameaçada por uma “lava Jato” nas universidades, tenha ideia. Mesmo assim, nem ela parece se movimentar diante de tamanho absurdo.
O essencial, como sempre, é aquilo que mexe no bolso. As mudanças na aposentadoria e nas leis do trabalho são a batalha principal. Contra elas, é preciso uma mobilização monumental a ser preparada desde o chão de fábrica.
Comitês, divulgação massiva, convocação antecipada, debates nas fábricas, lojas, bancos, universidades são insubstituíveis. O dinheiro evaporou, depois das tramoias para asfixiar os sindicatos. Mas os trabalhadores nunca deixarão de contribuir ao perceber que estão em jogo seu presente e seu futuro. Desde que lideranças políticas e sindicais tirem a bunda da cadeira aqui no Brasil ou em Harvard para travar o combate nas ruas, e não apenas em palavrório para garantir um próximo mandato.
Joaquim Xavier
Os ataques a jornalistas, os desmentidos presidenciais a atos publicados no próprio Diário Oficial e outros tantos mostram que a máquina montada pelo americano Steve Bannon para eleger Donald Trump e Bolsonaro permanece acesa. Só que as eleições, devidamente fraudadas, já terminaram. O jogo é outro.
Enquanto a oposição concentra esforços para apenas policiar os 240 caracteres que o tenente-capitão e sua famiglia são capazes de produzir, o desmonte do Brasil segue seu curso atrás desta cortina de fumaça.
A cada dia, surgem notícias mostrando que a “reforma da previdência” é muito mais ambiciosa para os poderosos do que o anunciado. A mudança para o regime de capitalização – o do salve-se quem puder—pretende atacar ainda mais as prerrogativas trabalhistas que restaram após as medidas de Temer. Trata-se da liquidação completa de direitos adquiridos há décadas pela maioria do povo.
De pouco adianta dirigir impropérios a Olavo de Carvalho, Menendéz, Eugênio Araújo, Damares e assemelhados.
Não que eles não mereçam. Nem pensar em poupá-los. São (...) assumidos a serviço da destruição do Brasil. Mas pergunte ao povo se sabe de quem se trata. Talvez a academia, ameaçada por uma “lava Jato” nas universidades, tenha ideia. Mesmo assim, nem ela parece se movimentar diante de tamanho absurdo.
O essencial, como sempre, é aquilo que mexe no bolso. As mudanças na aposentadoria e nas leis do trabalho são a batalha principal. Contra elas, é preciso uma mobilização monumental a ser preparada desde o chão de fábrica.
Comitês, divulgação massiva, convocação antecipada, debates nas fábricas, lojas, bancos, universidades são insubstituíveis. O dinheiro evaporou, depois das tramoias para asfixiar os sindicatos. Mas os trabalhadores nunca deixarão de contribuir ao perceber que estão em jogo seu presente e seu futuro. Desde que lideranças políticas e sindicais tirem a bunda da cadeira aqui no Brasil ou em Harvard para travar o combate nas ruas, e não apenas em palavrório para garantir um próximo mandato.
Joaquim Xavier
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