Acabou, Bolsonaro: apoio cai nas redes sociais
A base de apoio do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais diminuiu nos últimos dias. É o que aponta estudo elaborado pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo o monitoramento, as publicações de usuários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no debate sobre a propagação da covid-19 no país, que antes totalizavam 12% das interações sobro assunto no Twitter, caíram para 6,5% depois dos protestos no último domingo (15/III). Já a presença dos opositores ao presidente chegou a 20,6% das interações.
O monitoramento demonstra que a maior parte das interações sobre a doença, com 66,7% do total, foge da polarização. O núcleo ganhou força com influenciadores digitais e celebridades enfatizando cuidados com a saúde, mensagens de humor de tom informativo e repercussão de casos internacionais de pessoas infectadas. No entanto, nesse grupo há comentários negativos sobre o presidente Jair Bolsonaro.
Há ainda 20,6% das interações em articulação a partir de perfis partidários de esquerda, com foco crítico na postura do presidente e no debate político e econômico sobre SUS, recursos públicos e proteção a populações vulneráveis.
A FGV também analisou conteúdos no YouTube e no WhatsApp e verificou crescimento de teorias da conspiração. Segundo a pesquisa vídeos apócrifos e que rejeitam a gravidade do coronavírus estão com pouco impacto nas redes sociais brasileiras, mas entre grupos de debate político no WhatsApp segue o compartilhamento de publicações que divulgam notícias falsas sobre curas, mortalidade e o alcance da pandemia. A FGV ainda atribui ao engajamento de parlamentares pró-governo parte deste conteúdo.
O estudo completo está neste link.