Aécio, o Carone te pegou na esquina!
O Conversa Afiada reproduz magnífico trabalho do Marco Aurélio Carone e da Conceiçao Lemes no Viomundo.
Carone e Conceição remetem ao banco dos reús dois Promotores de Justiça (sic) (Antonio Fernandes e o Presidente Joaquim Barbosa) e a camarilha em volta do Mineirinho, com a recuperação dos documentos roubados da CPI dos Correios.
Como se sabe, quando governador, o gângster, o mais chato, tentou eliminar Carone.
A vingança se come fria!
Carone, exclusivo: Marcos Valério entrega à Polícia Federal contratos e aditivos com governo Aécio Neves que “sumiram” na CPI dos Correios; veja documentos
Em delação à Polícia Federal, Marcos Valério (no topo, à esquerda) entregou os contratos e aditivos assinados por suas agências de publicidade com o primeiro governo Aécio Neves (PSDB) e que “desapareceram” na CPI dos Correios, cujos documentos eram compartilhados com a CPI do Mensalão (abaixo, à esquerda). Entre os membros desta, o então deputado federal tucano Ibrahim Abi-Ackel (primeiro da esquerda para a direita, na foto da CPI do Mensalão) e sobre quem pesa a suspeita de ter dado sumiço nos documentos. No topo, nas fotos ao lado da de Marcos Valério, a dupla de confiança de Aécio: Danilo de Castro e Frederico Pacheco de Medeiros. Abaixo, o então PGR Antonio Fernandes de Souza e o ministro Joaquim Barbosa, do STF (veja PS do Viomundo)
Depois de 12 anos, finalmente, em março de 2017, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu andamento ao inquérito civil nº 0024.05.000060-3.
Curiosamente, só após a Polícia Federal (PF) começar a ouvir os depoimentos do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, preso desde 2012, e que acabaram gerando a proposta de delação premiada. Valério foi condenado a 37 anos e cinco meses de prisão por seu envolvimento no esquema do mensalão do PT.
Instaurado em 26 de junho de 2005, a partir de inquérito do Ministério Público Federal (MPF), ele investiga os contratos entre as empresas de Valério (agências de publicidade SMP&B e DNA) e o governo de Minas de 1996 a 2006.
Apura, portanto, a legalidade dos contratos celebrados no primeiro governo do tucano Aécio Neves (2003-2006).
Os documentos investigados são os solicitados, em abril de 2006, ao governador de Minas Gerais, Aécio Neves, pelo então procurador geral da República, Antônio Fernandes de Souza, por intermédio do ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na época, a Polícia Federal solicitou uma perícia contábil-financeira no diretório estadual do PSDB mineiro.
Estranhamente, tanto o PGR Antônio Fernandes de Souza quanto o ministro Joaquim Barbosa negaram a demanda da PF.
A negativa do PGR está na última página (imagem abaixo) do seu parecer, datado de 25 de abril de 2006 (na íntegra, ao final), a Joaquim Barbosa, no qual reivindica os contratos entre as agências de Valério e o governo de Minas.
Ele justifica: “considero inoportuna a realização dessa diligência na presente ocasião”.
Em despacho de 28 de abril de 2006, o ministro Joaquim Barbosa atende a todas demandas do PGR. E também nega a perícia contábil-financeira no diretório regional do PSDB em Minas.
Alega: “indefiro-a por ter sido considerada inoportuna por titular de futura ação penal que eventualmente possa originar-se deste inquérito”.
Os contratos investigados pelo MP de Minas somam 284 páginas (na íntegra, ao final)..
Sumidos desde a CPI dos Correios, eles constam agora da delação de Marcos Valério à PF.
De cara, nesses documentos quatro detalhes chamam atenção:
1) A solicitação de Joaquim Barbosa é datada de 2 maio de 2006, como mostra a imagem abaixo.
2)Danilo de Castro, secretário de governo de Aécio, responde à demanda de Joaquim Barbosa/Antônio de Souza, em 5 de outubro de 2006. Portanto, só cinco meses depois!
3) Nos contratos e aditivos celebrados entre a administração de Minas e as empresas de Marcos Valério dois nomes fazem dobradinha: Danilo de Castro e Frederico Pacheco de Medeiros, respectivamente secretário e secretário-adjunto do governo Aécio Neves, como mostra o aditivo abaixo, de 21 de setembro de 2004.
Frederico Pacheco de Medeiros é o Fred, primo de Aécio, preso em 18 de maio pela Polícia Federal.
Segundo Joesley Batista, dono da JBS, Fred foi a pessoa designada para receber os R$ 2 milhões solicitados por Aécio Neves.
4) Os aditivos celebrados a partir de janeiro de 2003 em contratos originados no governo Eduardo Azeredo (janeiro de 1995 a dezembro de 1999) comprovam que o esquema do mensalão tucano, que a quem Valério serviu em 1998, continuou operando no governo Aécio Neves.
De 1996 a 2006, o único período em que Valério não operou no governo de Minas foi na gestão Itamar Franco (janeiro de 2000 a janeiro de 2003, cuja auditora geral era a hoje ministra Cármen Lúcia, presidente do STF.
Em tempo. Atente à movimentação do inquérito instaurado pelo MPMG, em junho de 2005.
De 2005 a 2012, nenhuma movimentação.
Em 11 de dezembro de 2013, foi remetido ao Conselho Superior do Ministério Público de Minas (CSMP), onde permaneceu três meses.
Em junho de 2014, foi de novo enviado ao CSMP, onde “dormiu” por quase três anos.
Mas de março de 2017 até agora o inquérito já teve seis andamentos.
Alguém ainda tem dúvida que o senador Aécio Neves sempre contou com a blindagem do Judiciário para perpetrar e continuar fazendo seus malfeitos?
PS do Viomundo: Em 21 de abril de 2013, o então presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, recebeu a Medalha da Inconfidência do governo de Minas. Naquela altura, muitos documentos sobre os malfeitos do senador Aécio Neves já tinham passado por suas mãos. Em 2006, ele negou a perícia contábil-contábil financeira no PSDB mineiro demanada pela Polícia Federal.
Em tempo: o Dr. Antonio Fernandes depois se notabilizou por denunciar o mensalão do PT, com uma referência dissimulada ao Lula - "chamou-o" de o Ali Babá de 40 ladrões - e poderia ter dispensado os proventos de Procurador diante da modesta remuneração que passou a receber como advogado de Daniel Dantas (que, agora, há de aparecer, inevitavelmente, quando o publiçotário Marcos Valério cuspir os feijoes.
Como se sabe, também foi na CPI dos Correios que o ínclito banqueiro brilhou, com a ajuda providencial do então deputado do PT, zé da Justiça, que lhe fez uma pergunta de filho pra pai... - PHA