Agressão a D. Odilo é loucura, mas pode não ser apenas a loucura
Brito: há indícios de que possa haver mais alguém nesta loucura
publicado
25/03/2016
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O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:
Agressão a D. Odilo é loucura, mas pode não ser apenas a loucura
Por mais que o caso tenha sido minimizado e abafado, a agressão de uma fanática a D. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, por uma transtornada mental, é gravíssimo.
Os presentes ao ato asseguram, registra o Nassif, que a moça gritava que o arcebispo e a CNBB não iriam servir, com a Igreja, aos “comunistas”.
O Cardeal Scherer é da corrente conservadora da Igreja e não merece menos respeito por isso. Inclusive de mim, um ateu que teve a experiência de trabalhar, respeitando e sendo respeitado, para outro cardeal conservador, Eugênio Salles e tendo ótimas relações com dois de seus bispos auxiliares, D. Celso José Pinto da Silva e D. Afonso Felipe Gregory.
É visível, no vídeo divulgado pela Jovem Pan, que D. Odilo tenta, repetidamente, acalmar a moça, inclusive abraçando-a e acariciando sua cabeça por perceber-lhe o transtorno. Mas é também perceptível que tem um sentido premeditado ela esperar que ele chegue próximo aos padres, que renovavam seus votos, como fazem todo ano, e – depois de acenas para alguém – ostensivamente arranque-lhe a mitra, aquele paramento de cabeça que bispos e arcebispos – e não padres – usam nas cerimônias.
A mitra tem o sentido da respeitabilidade do hierarca da Igreja, como fosse um capacete de proteção e imposição de autoridade católica.
Com loucura ou sem loucura, o que quis se atingir foi a autoridade do arcebispo.
Pode ter sido pela mão de uma pobre coitada, em desequilíbrio mental, mas há indícios de que possa haver mais alguém nesta loucura.
Os presentes ao ato asseguram, registra o Nassif, que a moça gritava que o arcebispo e a CNBB não iriam servir, com a Igreja, aos “comunistas”.
O Cardeal Scherer é da corrente conservadora da Igreja e não merece menos respeito por isso. Inclusive de mim, um ateu que teve a experiência de trabalhar, respeitando e sendo respeitado, para outro cardeal conservador, Eugênio Salles e tendo ótimas relações com dois de seus bispos auxiliares, D. Celso José Pinto da Silva e D. Afonso Felipe Gregory.
É visível, no vídeo divulgado pela Jovem Pan, que D. Odilo tenta, repetidamente, acalmar a moça, inclusive abraçando-a e acariciando sua cabeça por perceber-lhe o transtorno. Mas é também perceptível que tem um sentido premeditado ela esperar que ele chegue próximo aos padres, que renovavam seus votos, como fazem todo ano, e – depois de acenas para alguém – ostensivamente arranque-lhe a mitra, aquele paramento de cabeça que bispos e arcebispos – e não padres – usam nas cerimônias.
A mitra tem o sentido da respeitabilidade do hierarca da Igreja, como fosse um capacete de proteção e imposição de autoridade católica.
Com loucura ou sem loucura, o que quis se atingir foi a autoridade do arcebispo.
Pode ter sido pela mão de uma pobre coitada, em desequilíbrio mental, mas há indícios de que possa haver mais alguém nesta loucura.