Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / Anauê, Miguel Reale: não tem tucano ladrão

Anauê, Miguel Reale: não tem tucano ladrão

Tem a quem sair...
publicado 05/08/2017
Comments
AltareDellaPatria.jpg

Olha o Reale lá em cima, no horror mussoliniano!

Miguel Reale Júnior pensou que alcançaria a glória eterna e seria coroado no alto do Monumento a Vittorio Emanuele, com que Mussolini agrediu a arquitetura romana.

A glória do advogado que derrubou uma Presidenta inocente e botou no lugar um presidente ladrão.

Porém, sic transit gloria mundi: a glória foi logo abduzida por Janaína, a Descabelada, que, por R$ 45 mil (de onde vieram?), passou a simbolizar aquele monumento da tucana canalhice, como dizem o Requião e o Lindbergh.

E Miguel Reale voltou aos pontos de onde saiu.

Ao anonimato que só o PiG dissimula.

E ao pai, Dr. Miguel Reale, integralista de corpo e alma.

No Estadão, em comatoso estado, nesse sábado 5/VIII, o filho produz peça de hilariante dialética: não tem tucano ladrão:

Mesmo quando se instaura um processo criminal no Supremo Tribunal Federal, a demora é inaceitável, basta lembrar o recebimento da denúncia contra Renan Calheiros, por peculato, anos depois do fato envolvendo sua ex-amante (sic) Mônica Veloso. A denúncia foi recebida em dezembro do ano passado, mas o acórdão relativo a esse acolhimento só agora veio a ser posto à disposição pelo ministro relator, que o ficou burilando por oito meses. (...)

As principais lideranças políticas dos diversos partidos, em especial (sic) do PMDB e do PT, têm contra si vários inquéritos, cuja finalização, para a apresentação de denúncia, se vai prolongando no tempo. Enquanto isso, esses falsos líderes continuam a ditar a vida política brasileira, ocupando cargos de relevo na Câmara e no Senado. Se alguns políticos importantes como Lula, Palocci, Henrique Alves, Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Sérgio Cabral estão condenados, presos ou em prisão domiciliar, tal sucede apenas porque, sem mandato, não gozam de foro privilegiado. A morosidade é patente nos tribunais superiores.

Careca, o maior dos ladrões; FHC Brasif, que sustentou a ex-amante (sic) com dinheiro da Brasif; o filhinho do FHC que entrou num aditivo da Petrobras, o presidente de fato e de direito do PSDB, o Mineirinho, o mais chato; o chanceler (sic) Aloysio 500 mil; o senador Cunha Lima, que faz chover em João Pessoa; o clã do Serra, que assaltou a "Privataria Tucana", como demonstrou irrefutavelmente o Amaury Ribeiro Junior, todos eles agradecem a interessada omissão do notável jurista tucano de São Paulo (não fosse o PiG ele também não passava de Resende, ao subir a Dutra...)

Mas, Reale Junior exibe nobre ascendência, que o credencia para ocupar lugar na mesa principal da Casa Grande paulistana.

O pai dele, professor Miguel Reale.

Notável camisa verde integralista e defensor explícito de Mussolini e Hitler, como demonstra essa breve antologia coligida por amigo navegante historiador:

Pérolas integralistas:


"Nada de extraordinário, por conseguinte, que sejamos brasileiros, nacionalisticamente brasileiros e, ao mesmo tempo, apresentemos valores que se encontram também em movimentos fascistas europeus, como o de Mussolini, de Hitler e Salazar".

"Fomos nós estrangeiros que mostramos aos peninsulares que a experiência do Duce não tem um valor restrito à Itália, mas constitui uma experiência universal".

"Os partidos políticos são desnecessários quando as forças econômicas, culturais e morais de um país se organizam para diretamente se representarem no Estado".

"O Integralismo não admite a democracia popular e a mentira do sufrágio universal, mas refoge igualmente da Ditadura e do Cesarismo que sufocam a liberdade em nome de um interesse de qualquer ordem".

"Donde se há de concluir ser inadmissível o retorno à 'legalidade democrática', entendida como simples restauração de estilos políticos superados, impondo-se a opção por um sistema de franquias cívicas que não seja incompatível com as exigências da segurança nacional".

"Harmoniza-se com tais propósitos o fato de ter sido o Ato Institucional empregado com relativa parcimônia e prudência, apesar de inevitáveis exageros e injustiças, que poderiam ter sido corrigidos se não tivesse prevalecido a tese da 'irreversibilidade das decisões', talvez a fim de evitar o desencadear-se de um inconveniente processo de anistia global".

"Note-se, aliás, que o habeas-corpus inexiste nas democracias não filiadas ao modelo anglo-americano, o que demonstra não ser ele da essência da experiência democrática".

Em tempo: "Anauê" era a saudação em tupi dos integralistas/fascistas brasileiros (correspondia ao "heil" nazista); os integralistas usavam camisas verdes (os fascistas, pretas); e adotaram a letra grega sigma (os nazistas, a suástica) como emblema. (Pág. 72 do magnifico "Marighella - o guerrilheiro que incendiou o mundo", de Mário Magalhães, pela Companhia das Letras.

PHA