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Anti-Darwin: novo presidente da Capes defende o ensino do criacionismo

O que mais se poderia se esperar?
publicado 24/01/2020
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(Reprodução/Redes Sociais)

Benedito Guimarães Aguiar Neto, novo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao Ministério da Educação de Abraham Weintraub, prega a abordagem educacional do criacionismo em "contraponto à teoria da evolução".

Ele foi nomeado nesta sexta-feira 24/I pelo governo de Jair Bolsonaro para substituir Anderson Correia e deixa o posto de reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Aguiar Neto anunciou, em 2019, que o Mackenzie ampliaria os estudos do chamado "design inteligente", termo contemporâneo para se referir ao criacionismo, que prega uma natureza teológica da origem do universo. Para os defensores dessa ideia, a teoria darwinista seria insuficiente para explicar a origem da vida.

“Queremos colocar um contraponto à teoria da evolução e disseminar que a ideia da existência de um design inteligente pode estar presente a partir da educação básica, de uma maneira que podemos, com argumentos científicos, discutir o criacionismo”, disse Aguiar Neto no ano passado durante congresso sobre "design inteligente" promovido pelo Mackenzie.

Vale lembrar, entretanto, que há um consenso científico de que o criacionismo não pode ser considerado ciência. O Reino Unido, inclusive, proibiu em 2014 o ensino do criacionismo como teoria científica nas escolas e universidades públicas.

O Capes é responsável pela pós-graduação no Brasil e financia pesquisadores.

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