Após Lava Jato, Cunha fechou contas na Suíça
Janot confirmou à Câmara as contas do deputado no país europeu
publicado
08/10/2015
Comments
PSOL fará representação contra Cunha no Conselho de Ética
Em O Globo:
Cunha fechou contas na Suíça um mês após início da Lava-Jato
Documentos mostram que endereço é o mesmo de casa de presidente da Câmara
BRASÍLIA - Relatório do Ministério Público da Suíça informa que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) fechou duas das quatro contas que mantinha no banco Julius Baer em abril do ano passado, um mês depois do início da Operação Lava-Jato, segundo disse ao GLOBO uma fonte que acompanha o caso de perto. As duas outras contas foram bloqueadas em abril deste ano com um saldo aproximado de US$ 2,5 milhões a partir de uma investigação sobre o suposto envolvimento de Cunha com corrupção e lavagem de dinheiro.
As contas foram abertas em nome de offshores, que têm como beneficiários finais Cunha e a mulher dele, a jornalista Cláudia Cruz. Os documentos contém detalhadas informações sobre os donos das contas investigadas. As duas contas ainda ativas foram abertas em 2008. O relatório informa que numa delas o destinatário tem residência na avenida Heitor Doie Maia, Rio de Janeiro, mesmo endereço de Cunha e da mulher. O beneficiário da conta é brasileiro e nasceu em 29 de setembro de 1958, data de nascimento de Cunha, conforme consta no registro dele na Justiça Eleitoral.
Autoridades brasileiras e suíças não tem dúvidas de que as contas pertencem ao presidente da Câmara. Segundo um investigador, os indícios contra Cunha são evidentes. Ao contrário do que aconteceu com o ex-prefeito Paulo Maluf, ele não teria como negar a responsabilidade sobre as contas. O relatório contém ainda extratos da movimentação financeira das duas contas. Uma delas recebeu entre maio e junho de 2011 quatro depósitos. Três depósitos de 250 mil francos e um de 311,7 mil francos.
Caberá agora ao procurador-geral Rodrigo Janot decidir se pede abertura de um novo inquérito ou se apresenta nova denúncia contra Cunha, que insiste em negar ser correntista no país europeu e que ‘não há hipótese de renunciar à presidência da Casa.
(...)
BRASÍLIA - Relatório do Ministério Público da Suíça informa que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) fechou duas das quatro contas que mantinha no banco Julius Baer em abril do ano passado, um mês depois do início da Operação Lava-Jato, segundo disse ao GLOBO uma fonte que acompanha o caso de perto. As duas outras contas foram bloqueadas em abril deste ano com um saldo aproximado de US$ 2,5 milhões a partir de uma investigação sobre o suposto envolvimento de Cunha com corrupção e lavagem de dinheiro.
As contas foram abertas em nome de offshores, que têm como beneficiários finais Cunha e a mulher dele, a jornalista Cláudia Cruz. Os documentos contém detalhadas informações sobre os donos das contas investigadas. As duas contas ainda ativas foram abertas em 2008. O relatório informa que numa delas o destinatário tem residência na avenida Heitor Doie Maia, Rio de Janeiro, mesmo endereço de Cunha e da mulher. O beneficiário da conta é brasileiro e nasceu em 29 de setembro de 1958, data de nascimento de Cunha, conforme consta no registro dele na Justiça Eleitoral.
Autoridades brasileiras e suíças não tem dúvidas de que as contas pertencem ao presidente da Câmara. Segundo um investigador, os indícios contra Cunha são evidentes. Ao contrário do que aconteceu com o ex-prefeito Paulo Maluf, ele não teria como negar a responsabilidade sobre as contas. O relatório contém ainda extratos da movimentação financeira das duas contas. Uma delas recebeu entre maio e junho de 2011 quatro depósitos. Três depósitos de 250 mil francos e um de 311,7 mil francos.
Caberá agora ao procurador-geral Rodrigo Janot decidir se pede abertura de um novo inquérito ou se apresenta nova denúncia contra Cunha, que insiste em negar ser correntista no país europeu e que ‘não há hipótese de renunciar à presidência da Casa.
(...)
E na Reuters:
PSOL fará representação contra Cunha no Conselho de Ética após PGR confirmar conta na Suíça
BRASÍLIA (Reuters) - O líder do PSOL na Câmara dos Deputados, Chico Alencar (RJ), disse nesta quinta-feira que a Procuradoria-Geral da República confirmou em documento enviado ao partido que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem contas na Suíça e que, com base nisso, a legenda fará uma representação na próxima terça-feira contra Cunha no Conselho de Ética da Casa.
Em entrevista coletiva, Alencar leu a resposta da PGR a questionamentos feitos pelo PSOL na qual afirma que Cunha e familiares são titulares de contas na Suíça, que essas contas foram bloqueadas pelas autoridades suíças e que o presidente da Câmara é alvo de investigação do Ministério Público suíço por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.
Em entrevista coletiva, Alencar leu a resposta da PGR a questionamentos feitos pelo PSOL na qual afirma que Cunha e familiares são titulares de contas na Suíça, que essas contas foram bloqueadas pelas autoridades suíças e que o presidente da Câmara é alvo de investigação do Ministério Público suíço por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.