Após três meses, Marinha não sabe quem é o culpado pelo vazamento de óleo
(Crédito: Adema/Governo de Sergipe)
O comandante de Operações Navais da Marinha, Leonardo Puntel, disse nesta quinta-feira 5/XII que as investigações sobre o derramamento de óleo que castiga o litoral brasileiro não levaram, até o momento, ao responsável pelo vazamento.
"Todos os esforços estão sendo feitos. No momento, nós temos indícios apenas, não temos ainda provas", disse Puntel, durante audiência pública na Comissão Temporária Externa do Senado que acompanha as ações de enfrentamento às manchas de óleo (CTEOLEO).
De acordo com o Ibama, mais de 800 pontos já foram atingidos pelas manchas de óleo. Diante disso, o comandante da Marinha disse que três inquéritos em aberto investigam esse caso: um da Polícia Federal, no RN; e dois administrativos, na Capitania de Portos de PE e na Diretoria Geral de Navegação no RJ.
"Todos esses três inquéritos estão sendo feitos para a gente tentar chegar exatamente no poluidor, no causador desse crime ambiental", afirmou.
Vale lembrar que a apuração conduzida pela PF e pela Marinha apontou o navio grego Bouboulina como o principal suspeito pelo vazamento. Especialistas em análise de imagens por satélite questionam, no entanto, a precisão do levantamento usado pela PF, já que o óleo no mar pode não ser visível em imagens de satélite.
Até aqui, para a Marinha, são quatro as possíveis causas das manchas: derramamento acidental, derramamento intencional, operação "ship to ship" (navio tanque passa óleo para outro navio tanque no meio do mar) ou naufrágio de navio petroleiro.
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