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Aras pede que STF divulgue apenas trechos do vídeo que pode derrubar Bolsonaro

Poupou o presidente mais do que a AGU
publicado 15/05/2020
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu que o STF (Supremo Tribunal Federal) divulgue apenas trechos do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. 

A gravação faz parte do inquérito que investiga uma possível interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na PF (Polícia Federal).

Em petição protocolada na noite desta quinta-feira (14/V) no STF, o procurador-geral defendeu a divulgação dos trechos relacionados ao inquérito: "notadamente as que tratam da atuação da Polícia Federal, da 'segurança', do Ministério da Justiça, da Agência Brasileira de Inteligência e da alegada falta de informações de inteligência das agências públicas".

A posição de Aras é mais defensiva do que a da AGU (Advocacia-Geral da União), que faz a defesa do presidente. O advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Junior, recomendou a publicidade de todas as falas de Bolsonaro, exceto "a breve referência a eventuais e supostos comportamentos de nações amigas" e manifestações dos demais participantes da reunião.

O relator do inquérito, ministro Celso de Mello, havia pedido na terça-feira (12/V) uma manifestação das partes sobre a divulgação, total ou parcial, do vídeo. O ex-ministro Sergio Moro solicitou a retirada integral do sigilo

Para Aras, a divulgação completa da gravação serviria de "arsenal de uso político, pré-eleitoral (2022), de instabilidade pública".

 Agora, a decisão sobre a divulgação ou não do vídeo está com Celso de Mello.