As conpozissõis imfãtis do Temer
Entre as contribuições do genial Millôr Fernandes - “enfim, um escritor sem nenhum estilo” - ao bestialógico nacional destacam-se as “Conpozissõis imfãtis”, de que a ”A Vaca” é uma das mais célebres:
A vaca é um bicho de quatro patas que dá carne de vaca.
Tem um rabo pra espantar as moscas e uma cara muito séria de quem está fazendo sempre essa coisa importante que é o leite.
O marido da vaca é intitulado boi.
A vaca tem dois estômagos e por isso fica sempre com a comida indo e vindo na boca que, quando a gente faz, a mamãe diz que porcaria!
Já vi ordenhar vaca, que é quando ela faz aquela cara fingindo que não está gostando nada.
Vaca dizem que já custa muito cara viva, agora no açougue custa muito mais e em bife então nem se fala.
A professora ensina que ela dá leite mas nas horas de tirar é que a gente vê que ela dá, mas custa.
Vaca só se alimenta de grama e daí eu não sei porque o leite não é verde.
Se a gente fica perto ela fica olhando com olhar de que a gente fez alguma coisa com ela e ela está muito magoada.
Eu acho que todas as vacas vieram dos Estados Unidos porque ainda não perderam o jeitão de quem masca chiclete.
Recentemente, o Conversa recorreu ao Millôr para se divertir à custa do asnice do Primeiramente Fora Temer, que confundiu o Rei Artur com Carlos Magno: “ah!, essa falsa cultura!”, dizia o Millôr.
O Conversa Afiada reproduziu há pouco um trecho asnento do Traíra sobre a Convenção do Clima, o que mereceu da amiga navegante Marilia um comentário perplexo:
Na mesma linha de “A Vaca”, o asnífero orador anunciou, nessa terça-feira 13/setembro, o programa de PPIs, com que o gatinho angorá pretende vender o Brasil a preço de Vale do Rio Doce, a preço de banana.
Leia com a máxima concentração essa prodigiosa “A PPI”, reproduzida do site presidencial:
Até me permito dizer uma coisa interessante, o que é a administração pública?