Barata confessa que existe a "caixinha da Fetranspor"
Do G1:
Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como "Rei dos Ônibus", e Lélis Teixeira, ex-presidente da Federação das Empresas (Fetranspor), admitiram a existência do que os procuradores da Lava Jato chamam de "Caixinha da Fetranspor", que arrecadaria até R$ 6 milhões por mês para pagar vantagens indevidas a políticos.
O esquema começou há 20 anos e, segundo os réus, beneficiou o presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, que teria recebido da caixinha por cinco anos. Defesa do deputado afirma que depoimento de Barata Filho "levanta apenas conjecturas".
(...) "Havia um acordo de pagamento para o deputado Jorge Picciani. O objetivo exatamente, a forma de pagamento, eu não sei precisar. Mas realmente o Jorge Picciani, como presidente da Alerj, teria que ter essa contribuição porque os projetos todos passam pela Assembleia", afirmou.
"O deputado Jorge Picciani foi presidente da Assembleia por vários mandatos e, como presidente, era uma pessoa-chave para proteção (do setor) do transporte e pudesse evoluir em projetos que fossem para o benefício de todos."
Ele disse que, inicialmente, o que chama de "contribuição" era doação de campanha.
"Realmente existia um caixa gerado pela Fetranspor para pagamentos a agentes públicos no sentido de tentar melhorar o sistema de transporte."
(...)