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Barroso diz que decepção se administra com eleições, não impeachment

Saída do presidente "é a última opção"
publicado 02/05/2020
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(Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, afirmou, em entrevista ao Estadão deste sábado 2/V, que a maneira de se administrar a decepção em uma democracia é com eleições. "Impeachment é a última opção", segundo ele.

"Impeachment não é a maneira ordinária de se administrar a decepção nas democracias. A maneira ordinária de se administrar a decepção numa democracia é com eleições. Para que haja um impeachment, é preciso que os fatos sejam graves, demonstrados. Eu, de novo, estou falando em tese. Impeachment não é a primeira opção. É a última opção", disse o ministro.

Barroso, que assumirá a presidência do TSE a partir de 25/V, ainda comentou as recentes alegações de Jair Bolsonaro de que houve fraude nas eleições de 2018 e que as urnas eletrônicas não seriam confiáveis. "Fraude havia antes da adoção das urnas eletrônicas. É preciso desmistificar essa ideia do voto impresso. Primeiro, temos cerca de 500 mil urnas no Brasil. A primeira coisa a se imaginar é o custo (do voto impresso), estamos falando de mais de bilhão de reais. Todo mundo vai pedir conferência do voto impresso com o eletrônico. É um retrocesso", afirmou Barroso.