Bolsonaro diz que "agente político" quer plantar provas na casa de um de seus filhos
Bolsonaro concedeu entrevista por telefone ao Datena (Reprodução/Bandeirantes)
O presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista ao programa Brasil Urgente, da rede Bandeirantes, no início da noite desta terça-feira 24/XII.
A conversa com o apresentador José Luiz Datena se deu ao vivo, por telefone.
Bolsonaro contou detalhes sobre o acidente que sofreu no banheiro do Palácio da Alvorada na noite de segunda-feira 23/XII: "caí de costas. Escorreguei pra frente e caí de costas. Foi uma pancada forte".
Apesar de ter recebido alta na manhã de terça-feira, o presidente revelou que a queda foi ligeiramente mais séria do que aparenta: "Perdi a memória, mas graças a Deus foi tudo em paz", disse ele. "Perdi a memória parcial. Hoje de manhã recuperei muita coisa. Agora estou bem. Eu não sabia por exemplo o que tinha feito ontem".
O presidente também aproveitou a oportunidade para comentar a operação do Ministério Público do Rio de Janeiro contra seu filho Flávio Bolsonaro e ex-assessores deste - entre eles, o Fabrício Queiroz das "rachadinhas".
Bolsonaro criticou o vazamento de informações sobre as investigações do Ministério Público para a imprensa: "o processo dele está correndo em segredo de Justiça. Como justifica o vazamento do processo para aquela grande rede de televisão?"
Em seguida, sem apresentar provas, Bolsonaro afirmou que "um agente político do Rio" estaria armando um grande plano contra sua família.
"Chegou a meu conhecimento, eu não tenho como provar, esse mesmo agente político lá do Rio de Janeiro acertou gravações entre bandidos citando o meu nome para divulgar em uma grande rede de televisão depois. Isso acabou sendo abortado porque estourou essa intenção deles", afirmou o presidente.
Ele continua: "a intenção agora, não tenho como comprovar, é fazer buscas e apreensões na casa de outro filho meu e, ao que tudo indica, fraudando e plantando provas dentro da casa dele. Isso é um jogo de poder sujo".
Bolsonaro não disse qual dos outros filhos seria o alvo do tal "agente político".
Ao final da entrevista, o presidente afirmou que a Polícia Civil do Rio de Janeiro quer colocar na conta da família Bolsonaro o assassinato da vereadora Marielle Franco.
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