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Bolsonaro e Mourão comemoram aniversário do Golpe Militar

E se esquecem das pessoas torturadas e mortas pelo regime
publicado 31/03/2020
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o vice, Hamilton Mourão (PRTB), defenderam nesta terça-feira (31/03) , dia que se completa 56 anos do Golpe militar no Brasil, o regime que vigorou no país por 21 anos.

Bolsonaro classificou a data como o "dia da liberdade".

Já Mourão foi ao Twitter exaltar os governos dos militares. 

Há 56 anos, as FA intervieram na política nacional para enfrentar a desordem, subversão e corrupção que abalavam as instituições e assustavam a população. Com a eleição do General Castello Branco, iniciaram-se as reformas que desenvolveram o Brasil. #31deMarçopertenceàHistória pic.twitter.com/5QnCQ1qHEt

— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) March 31, 2020

O golpe inaugurou uma ditadura que foi de 1964 ate 1985, período em que o Brasil teve cinco presidentes militares. Em seu momento de maior repressão política, o regime fechou o Congresso Nacional e as assembleias estaduais.

Relatório final da Comissão Nacional da Verdade, apresentado em 2014 durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, confirmou que 423 pessoas foram mortas ou desapareceram no período que vai de 1964 a 1985. Segundo a comissão, os crimes foram resultado de uma política de Estado, com diretrizes definidas pelos presidentes militares e seus ministros.

Ontem, em mensagem enviada às Forças Armadas para ser lida nos quartéis, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, refere-se ao Golpe como "um marco para a democracia brasileira".

"O Brasil reagiu com determinação às ameaças que se formavam àquela época", escreveu o ministro. "O Movimento de 1964 é um marco para a democracia brasileira. Muito mais pelo que evitou", prosseguiu.