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Bolsonaro fala em 80% de chance de abandonar o PSL

Em entrevista, presidente se contradiz sobre gravações da portaria
publicado 04/11/2019
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Reprodução: RecordTV

O presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista à Record TV neste domingo 3/XI.

Um dos assuntos abordados foi a presente guerra civil em seu partido, o PSL - uma disputa pelo caixa da sigla entre aliados do presidente da legenda, Luciano Bivar, e o bloco mais próximo a Bolsonaro e seus filhos.

Bolsonaro deixou claro: ou ele assume o controle das ações do PSL, ou irá deixar o partido.

E quais são as chances de isso acontecer?

"É 80% para sair e 90% para criar um novo partido, que vai começar do zero", disse o presidente.

Ainda não está claro se esse novo partido seria a ressurreição da UDN ou o sonhado PDN, o Partido da Defesa Nacional...

O presidente também aproveitou para atacar o governador Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, a quem acusa de ser o responsável por envolver seu nome nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco: "Witzel tem usado a máquina pública para me perseguir", disse Bolsonaro.

E o fato de o próprio presidente ter se apossado das gravações da portaria de seu condomínio na Barra da Tijuca?

Não seria um caso de obstrução de justiça?

"Que obstrução? Qualquer um dos 150 moradores do condomínio podem pegar", disse o Jair Messias.

Ele explica:

"O que eu fiz foi filmar a secretária eletrônica com a respectiva voz de quem atendeu o telefone. Só isso, mais nada. Não peguei, não fiz backup, não fiz nada. E a memória da secretária eletrônica está com a Polícia Civil há muito tempo. Ninguém quer adulterar nada não".

Ao afirmar isso, entretanto, Jair Bolsonaro entra em contradição.

No sábado 2/XI o presidente havia dito que "nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de anos".

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