Bolsonaro: "eu sou o Capitão Motosserra!"
Original: YouTube/Meteoro Brasil
Um dia após se comparar ao personagem Johnny Bravo, o presidente Jair Messias se agraciou com um novo alter-ego de super-herói.
Em discurso durante encontro da Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de veículos automotores, Bolsonaro voltou a criticar os dados sobre o desmatamento na Amazônia.
O presidente, novamente, disse que os números do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) sobre a devastação na floresta são "dados imprecisos" que prejudicam a imagem do Brasil no exterior:
"Isso é uma péssima propaganda do Brasil lá fora, quando se fala que nós estamos desmatando... Onde dados imprecisos são divulgados... E quando um número, caso fosse verdadeiro, absurdo como aquele, que eu já desmatei mais 88% da Amazônia... Eu sou o Capitão Motosserra! Né? irmão do general Custer", disse Jair Messias.
Reprodução: TV Brasil
Bolsonaro continuou: "Divulgar isso é péssimo pra gente."
Em junho, o Inpe revelou que o número de focos de desmatamento na Amazônia cresceu 88% em um período de doze meses. Em julho deste ano, o índice subiu para 278%.
A insistência de Bolsonaro em negar o aumento da derrubada da Amazônia causou a exoneração de Ricardo Galvão, diretor do Inpe e sua substituição por um coronel da FAB que afirmou que aquecimento global "não é sua praia"...
Em tempo: o "general Custer" citado por Bolsonaro é George Armstrong Custer, oficial do exército norte-americano e líder das guerras contra os indígenas no centro-oeste dos EUA no século XIX.
Gostou desse conteúdo? Saiba mais sobre a importância de fortalecer a luta pela liberdade de expressão e apoie o Conversa Afiada! Clique aqui e conheça! |
Leia também no Conversa Afiada:
- Ministro-astronauta indica coronel da FAB para o Inpe
- Novo diretor do Inpe: aquecimento global não é a minha praia
- Inpe: desmatamento na Amazônia atinge 2.254 km² em julho
- Lula: Amazônia não pode ser refém do governo Bolsonaro
- Bolsonaro na Bahia: "eu, Johnny Bravo, ganhou, p...!"
- Bolsonaro bate na mesa: "certas coisas não peço, eu mando"