Bolsonaro mais uma vez fala em "furo" para atacar uma jornalista
(Reprodução/TV Globo)
Jair Bolsonaro voltou a usar nesta sexta-feira 28/II o termo "furo jornalístico" para atacar uma profissional da imprensa. Desta vez, o alvo da fúria bolsonarista foi Vera Magalhães, responsável por divulgar, nesta semana, a notícia de que Bolsonaro compartilhou no WhatsApp um vídeo de convocação para protestos contra o Congresso o STF.
“O vídeo abaixo chegou ao conhecimento da jornalista Vera Magalhães que, na sede de um FURO JORNALÍSTICO, publicou matéria como se eu estivesse convocando ato para as manifestações de 15/março/2020. Ela, certamente por má fé, não atentou que o vídeo era de 2015, onde houve uma manifestação no dia 15 de março (domingo) daquele ano contra o governo do PT”, escreveu Bolsonaro no Facebook.
Percebe-se que, mais uma vez, Bolsonaro mente ao dizer que o vídeo ao qual Vera Magalhães se referia era de 2015. Como se sabe, o vídeo trazia imagens de acontecimentos de 2018, como, por exemplo, a facada contra Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
No Facebook, ele ainda acusou de "mentirosa" a jornalista:
“Como se não bastasse ela ainda mentiu dizendo que eu atacava o Congresso. Na verdade esses figuras não se cansam de praticar um péssimo jornalismo e prejudicar o Brasil”, escreveu.
Na noite de quinta-feira 27/II, após Bolsonaro atacá-la em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Vera fez uma sequência de publicações no Twitter para rebater as mentiras.
“O presidente @jairbolsonaro me atacou na live semanal e, antes, na porta do Alvorada. 'Já que você é mulher, se eu falar qualquer coisa vão falar que eu estou agredindo as mulheres, tenha mais vergonha na cara’. Eu tenho vergonha na cara, presidente. E espero o mesmo do senhor”, escreveu a jornalista. Em um dos tweets, ela comentou a respeito dos vídeos: "Eles falam da facada que o senhor sofreu, que foi em 2018, e de sua eleição, também em 2018. Como podem ser de 2015?".
Veja a publicação de Bolsonaro nesta sexta: