Bolsonaro não quer saber de quem são os ossos de Perus
Em 2009, o então deputado federal Jair Bolsonaro atacou os desaparecidos do Araguaia
Do G1:
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou um decreto que "extingue e estabelece diretrizes, regras e limitações" em conselhos, grupos e comissões da administração pública federal direta, autarquias e fundações. O decreto afeta também a atuação do Grupo de Trabalho de Perus (GTP), responsável por analisar 1.047 ossadas retiradas da vala clandestina, da Zona Norte da cidade de São Paulo.
Acredita-se que, além de mortos pela ditadura militar (1964-1985), entre as ossadas encontradas na vala de Perus também há pessoas mortas em chacinas e por grupos de extermínio, que depois esconderam os corpos.
A procuradora regional da República, Eugênia Gonzaga, presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, afirma que o decreto não extingue o GTP, mas "acaba com a equipe de identificação, que é o conjunto desses profissionais, que atuam em várias frentes".
"O grupo não está previsto neste decreto", diz Eugênia. O GTP é um convênio entre as secretarias de Direitos Humanos dos governos federal e municipal, junto com a Comissão Especial e a Unifesp.
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