Bolsonaro nega ter ofendido presidente da OAB
O presidente Bolsonaro enviou, nesta sexta-feira (23/VIII), nota ao Supremo Tribunal Federal (STF), na qual afirma que não teve qualquer intenção de ofender o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, ao fazer declarações sobre o pai dele, Fernando Santa Cruz.
Fernando, ativista do movimento estudantil, foi morto por agentes do DOI-CODI em 1974.
No dia 29/VII, em entrevista coletiva, Bolsonaro afirmou que "um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade".
No dia seguinte, Bolsonaro questionou documentos do próprio Regime Militar e insistiu, sem provas, que Fernando Santa Cruz teria sido morto por outros militantes de esquerda.
No dia 31/VII, Felipe Santa Cruz apresentou ao STF uma solicitação para que Bolsonaro explicasse as declarações. O ministro Luís Roberto Barroso pediu, em seguida, que o Jair Messias "esclarecesse os termos utilizados".
"Não tive qualquer intenção de ofender quem quer que seja, muito menos a dignidade do interpelante [Felipe Santa Cruz] ou de seu pai", afirmou Bolsonaro na resposta ao STF.
"No tocante à forma pela qual teria ocorrido a morte do pai do interpelante, limitei-me a expor minha convicção pessoal em função de conversas que circulavam à época", acrescentou.
No dia 1o/VIII, em outra coletiva, Bolsonaro afirmou que não falou "nada de mais"...
Reprodução/G1
Poucos dias depois, em 8/VIII, Bolsonaro recebeu, no Palácio do Planalto, a viúva do torturador Brilhante Ustra. Na ocasião, Jair Messias chamou o coronel de "um herói nacional"
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