Bolsonaro põe em risco a soberania da Amazônia
Originais: Reprodução/Agência Brasil e Facebook/Jair Bolsonaro
A irresponsabilidade do Jair Messias em relação ao meio ambiente pode ter uma nova - e perigosa... - consequência.
Depois de Bolsonaro negar o desmatamento, demitir o diretor do INPE, culpar as ONGs pelas queimadas e, finalmente, ofender a primeira-dama francesa, a Amazônia voltou a ser assunto durante o encontro do G7, o grupo das sete maiores potências econômicas do mundo.
Durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27/VIII), o presidente da França, Emmanuel Macron, disse:
"Associações, ONGs e também certos atores jurídicos internacionais levantaram a questão de saber se é possível definir um status internacional da Amazônia. Não é o caso de nossa iniciativa, hoje, mas é um verdadeiro caso que se coloca se um Estado soberano tomasse de maneira clara e concreta medidas que se opõem ao interesse de todo o planeta."
A declaração do presidente francês vai de encontro ao que disse no Twitter, no dia 22/VIII, quando classificou a onda de queimadas de "crise internacional".
Macron continuou: "é um tema que permanece em aberto e continuará a prosperar nos próximos meses e anos. A importância é tão grande no plano climático que não se pode dizer que 'é apenas o meu problema'."
Segundo especialistas, a intenção de Macron seria o estabelecimento de um "marco regulatório" para a governança da Amazônia.
O presidente da França também anunciou um repasse de cerca de R$ 83 milhões de reais dos países do G7 para auxiliar, em regime de emergência, o combate aos incêndios na Amazônia.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (o chuveiro) afirmou que irá recusar a ajuda: "o Macron não consegue sequer evitar um previsível incêndio em uma igreja que é um patrimônio da humanidade e quer ensinar o quê para nosso país? Ele tem muito o que cuidar em casa", disse.
À noite, em entrevista à TV francesa, Macron ressaltou que respeita a soberania do Brasil: "respeitamos a sua soberania, é o seu país, é o Brasil. Mas o tema da Amazônia diz respeito ao mundo inteiro, então podemos ajudar com o reflorestamento. Podemos encontrar os meios econômicos para desenvolvê-la que respeitem o seu equilíbrio".
Em tempo: segundo a Veja, após a pressão internacional, o governo brasileiro enviou, neste domingo, dois aviões de combate a incêndios às regiões de queimadas.
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