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Bolsonaro virou um fantoche de Trump

Tudo o que o presidente dos EUA fala, Bolsonaro repete
publicado 02/04/2020
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Reprodução Gzero Media

Desde o início da crise provocada pelo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro passou a repetir praticamente tudo o que diz Donaldo Trump sobre a pandemia.

Da minimização da doença à briga com os governadores, o manual seguido parece ser o mesmo, segundo levantamento do jornal O Globo.

Na segunda-feira (30/03), em cadeia nacional, Bolsonaro classificou a Covid-19 como um dos maiores desafios da nossa geração, um movimento que emula o recuo que Trump também deu nas duas últimas semanas.

Antes da explosão de casos nos Estados Unidos, essa não era a visão que o presidente americano tinha da doença. No dia 9 de março, em suas redes sociais, Trump comparou o número de mortes pela gripe comum com a do novo coronavírus.

"Ano passado, 37 mil americanos morreram da gripe comum. A média é de 27 mil a 70 mil por ano, mas nada é fechado, a vida e a economia continuam. Até o momento, há 546 casos confirmados e 22 mortes. Pense nisso!", escreveu Trump.

Dois dias depois, na frente do Palácio do Alvorada, foi a vez do presidente brasileiro fazer a mesma comparação.

"Eu acho... eu não sou médico, não sou infectologista. Do que eu vi até o momento, outras gripes mataram mais do que essa", disse.

Segundo o jornal, as semelhanças, contudo, não pararam por aí. Em 21 de março, ambos, em questão de horas, deram publicidade para a cloroquina, medicamento que está sendo pesquisado para seu potencial uso contra a Covid-19. Em 23 de março, nos Estados Unidos, Trump começou a atacar as medidas de isolamento social, colocando em dúvida os efeitos que teria para todo o país. Nesse caso, Trump e Bolsonaro adotaram até mesmo discursos parecidos. Na madrugada, o americano foi às redes sociais e afirmou que “a cura não pode ser pior do que o problema”, prometendo rever a quarentena após o período de 15 dias. No final do dia, foi a vez de Bolsonaro ir às redes sociais com um discurso similar.

 "A epidemia afeta diretamente a todos, mas medidas extremas sem planejamento e racionalidade podem ser ainda mais nocivas do que a própria doença no longo prazo", escreveu o presidente.

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