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Brasil tem mais de 300 células neonazistas em atividade

Pesquisadora traça o assustador panorama
publicado 18/11/2019
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Cartazes como esse foram colados em postes da cidade de Itajaí (SC), em 2014 (Reprodução/Redes Sociais)

Estudo da antropóloga Adriana Dias, da Unicamp, revela que o Brasil tem 334 células de grupos de inspiração neonazista em atividade. Segundo a coluna de Matheus Pichonelli no UOL, a pesquisadora detalhou que os grupos se dividem em até 17 movimentos, entre hitleristas, supremacistas, de negação do Holocausto e até três seções da Ku Klux Klan (KKK) - duas em Blumenau (SC) e uma em Niterói (RJ).

O estado com o maior número de células é São Paulo (99), seguido de Santa Catarina (69), Paraná (66) e Rio Grande do Sul (47).

Em suas pesquisas, Adriana já identificou mais de 6,5 mil endereços eletrônicos de organizações neonazistas em Língua Portuguesa e dezenas de milhares de neonazistas brasileiros em fóruns internacionais. Em entrevista ao portal da Unicamp, ela contou que esses grupos promovem uma postagem antissemita no Twitter a cada quatro segundos. Calculou, ainda, que há uma postagem em Portugês contra negros, pessoas com deficiência ou LGBTs a cada oito segundos.

A pesquisadora disse ao UOL ter acompanhado com horror uma recente de notícia de que, em João Pessoa (PB), moradores de um bairro rico tentaram proibir a circulação de pessoas com deficiência em uma praia de grande circulação turística. "Esse capacitismo pressupõe que as pessoas precisem ficar isoladas em uma instituição ou em suas famílias. O ódio vem daí. A sociedade construiu uma ideia de normalidade e isso faz com que a pessoa se sinta segura: se ela for normal, ela é o verdadeiro brasileiro", disse.

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