Caos e 51 mortes no ES
No G1:
Sem PMs nas ruas, Grande Vitória registra 51 mortes, diz sindicato
A Grande Vitória registrou 51 mortes violentas desde o início dos protestos de familiares de policiais militares, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) ainda não tem um balanço.
Se confirmado, o número de mortos nos últimos três dias significa um aumento de mais de 1.000% em relação a todo o mês de janeiro, quando ocorreram apenas quatro registros no Departamento Médico Legal (DML). Familiares de PMs protestam por melhores salários e impedem a saída de carros dos quartéis desde a manhã de sábado (4).
Antes, o Conversa Afiada havia publicado:
Sem policiamento, Vitória suspende aulas e atendimento de saúde
A falta de policiamento nas ruas de Vitória, no Espírito Santo, levou a prefeitura a suspender o início do ano letivo nesta segunda-feira (6) na rede municipal, para os estudantes do turno matutino, creches e o atendimento em todas as unidades de saúde da capital. Escolas e faculdades particulares também não devem abrir. Nesta manhã, o governo do Espírito Santo disse em coletiva que trocou o comando da Polícia Militar e pediu o apoio do Exército.
(...) Familiares de policiais militares, sendo grande parte mulheres, protestam desde as 6h de sábado na frente dos batalhões da PM na Grande Vitória e de cidades interior do Espírito Santo. Reivindicando reajuste salarial e pagamento de benefícios, eles bloqueiam a saída de carros e policiais. A falta de policiamento nas ruas vem provocando confusão e insegurança.
Desde o início da paralisação, a mídia local e usuários nas redes sociais relatam aumento de casos de violência, como assaltos, arrastões, saques a lojas e ônibus incendiados.
Fotos: Facebook Serra Noticiário
#ESpedesocorro "O que ta acontecendo no ES? (parte 2)"
— rnld (@ronaldojrangel) February 6, 2017
Assalto a mão armada Em frente ao hotel Sheraton - Vitoria pic.twitter.com/uFDBNKfr2K
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— 🅼🅴🅻 (@mellreddington) February 6, 2017
Há relatos, também, de tiroteios entre gangues rivais nas ruas de Vitória e Serra, além de ataques de justiceiros em diversos bairros da região metropolitana.
A Associação dos Oficiais Militares do Espírito Santo informou que apoia o movimento. “Nossos policiais estão passando fome, temos o pior salário do Brasil”, disse o major Rogério Lima, presidente da Associação.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado afirma que os índices de criminalidade ao longo do fim de semana "foram bem acima do normal", mas não divulgou números. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo, a Grande Vitória registrou 51 mortes violentas desde o início dos protestos.