"Celso de Mello não vai deixar pedra sobre pedra”, diz ministro do STF
O ministro Celso de Mello, do STF (Superior Tribunal Federal), deve decidir nas próximas horas se divulga a íntegra ou trechos do vídeo da reunião ministerial citada por Sergio Moro em depoimento à PF (Polícia Federal).
A gravação faz parte do inquérito que investiga uma possível interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na PF.
Celso de Mello, que é o relator do inquérito, pediu terça-feira (12/V) uma manifestação das partes sobre a divulgação, total ou parcial, do vídeo.
“Acredito que ele não vai deixar pedra sobre pedra”, disse à revista Crusoé um ministro do STF, colega de Mello.
Na quinta-feira (14/V), a defesa de Moro manifestou-se favoravelmente à divulgação integral do vídeo.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, e o advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Junior, ao contrário, defendem a publicidade de trechos da gravação.
Na manhã desta sexta-feira (15/V), tentou justificar a transcrição de suas falas durante a reunião ministerial do dia 22 de abril.
"Está a palavra PF. Duas letras PF. Tem a ver com a Polícia Federal, mas tem a ver com PF no tocante ao serviço de inteligência", afirmou em uma fala confusa.
Na terça-feira (12/V), o presidente havia dito que no vídeo não apareciam as palavras “Polícia Federal”, “investigação” e “superintendência”.