Centrais prometem Greve Geral em junho
Nova paralisação pode ser maior do que o 28 de abril
publicado
30/05/2017
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Ato na Avenida Paulista, em São Paulo. Greve Geral de 28/04 foi contra as reformas da previdência e trabalhista e contra o governo do MT (Créditos: Paulo Pinto/Agência PT)
Da Rede Brasil Atual:
Centrais farão nova greve geral contra reformas no final de junho
As centrais sindicais aprovaram nesta segunda-feira (29) a realização de uma nova greve geral, contra as reformas e o governo Temer, no final de junho, em data a ser definida, mas que ficará entre os dias 26 e 30 do mês que vem. Embora alguns defendam 48 horas, o mais provável é que seja escolhido apenas um dia. A decisão deve sair na próxima segunda-feira (5), quando os dirigentes voltarão a se reunir, em São Paulo. Eles prometem um movimento mais amplo que o registrado em 28 de abril.
Na tarde de hoje, representantes de nove centrais se reuniram na sede da CTB, na região central de São Paulo, para avaliar a marcha a Brasília na semana passada e definir as próximas ações contra as reformas. Para o presidente da UGT, Ricardo Patah, foi "o movimento mais forte e solidário da última década", mesmo com ações de possíveis infiltrados durante o ato na capital federal. "Não podemos perder esse foco", afirmou, ainda antes do final da reunião, referindo-se à tramitação das reformas da Previdência, na Câmara, e trabalhista, no Senado.
"Para nós, tudo começa e termina nas reformas, que têm rejeição de 90% da população", reforçou o diretor executivo da CUT Julio Turra. Além da manutenção do "Fora Temer", a preocupação é impedir a tramitação das propostas no Congresso, mesmo com uma possível saída do presidente, que poderia ser substituído em uma eleição indireta. "Aos olhos do mercado, Temer perdeu credibilidade", avalia Turra. Por isso, as centrais, ainda que não de forma unânime, defendem eleições diretas.
A data exata da greve deve acompanhar o calendário das reformas no Congresso. "O consenso é que será maior que a de 28 de abril", disse o dirigente cutista.
(...) Além da nova greve, os sindicalistas mantêm as manifestações nas bases eleitorais de deputados e senadores. Algumas centrais deverão fazer ato diante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima terça (6), data prevista para o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.