Ciro defende a Segurança Nacional e a soberania
As Forças Armadas estão sucateadas e o submarino nuclear é uma vítima
Em palestra para estudantes de Relações Internacionais, divulgada ontem no YouTube, o ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato à presidência da República pelo PDT, se comprometeu a trabalhar pela libertação de Othon Luiz Pinheiro Silva, almirante da Marinha do Brasil e uma das principais cabeças por trás do Programa Nuclear Brasileiro.
"Fizeram o diabo para devassar a nossa estrutura de enriquecimento de urânio para fins pacíficos, que foi desenvolvida por um almirante que está, hoje, com uma pena quase perpétua - o que é muito estranho".
"Se eu chegar à presidência da República, eu vou mandar examinar esse assunto e vou pensar em anistiá-lo, pois é o grande cérebro do Programa Nuclear Brasileiro."
"Esse cérebro o Brasil quer de volta pro seu esforço."
Em outro trecho do vídeo, Ciro deixa claro: "Quero anunciar que, se for presidente, a pena dele será comutada!"
Sobre geopolítica, Ciro também falou:
- Não é possível estar na comunidade internacional sem a guia de um projeto nacional!
- O Brasil, diante disso, está impotente, pois não temos clareza dos nossos interesses - portanto não sabemos por que brigar na rua.
- Oscilamos, em nossa política externa, entre uma vassalagem ao primeiro mundo - Fernando Henrique e "essa banda aí" - e a ideia de uma "Teoria da Dependência" - que nos põe no papel de grande fornecedor de matérias-primas de baixo valor agregado.
- O Brasil precisa buscar uma ordem internacional multipolar.
Defesa:
- O Brasil está em pandarecos! Mais de 44% do orçamento das Forças Armadas está contingenciado.
- 70% da FAB está parada no chão por falta de combustível ou peças de reposição.
- Não é possível ter protagonismo - ou mesmo mandar no próprio nariz - sem uma força de dissuasão.
- É necessário defender a transferência de tecnologias sensíveis, que são bloqueadas para nós por outras potências - tecnologia nuclear, eletrônicos, satélites, aeroespacial.
- É preciso prevenir a fuga de cérebros do Brasil - e trazer de volta cientistas que deixaram o país.
General Mourão:
- Não creio que o país esteja na iminência de um Golpe militar, não há condições objetivas mais na comunidade internacional para aceitar esse tipo de coisa.
- É preciso que a gente denuncie, com toda força, esse componente adicional para uma situação de anarquia em que o Brasil está mergulhando.
- Que nenhuma força humana se sobreponha ao primado do voto popular!
- O poder civil hoje está fracassando. Mas isso não autoriza ninguém a substituir a mão saneadora do povo na construção da saída desta crise terrível.