Com Moro e Bolsonaro, Polícia Federal parou de prender
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A Polícia Federal, no primeiro ano do ex-juiz Sérgio Moro como ministro da Justiça e da Segurança Pública, fez menos operações de combate ao crime e reduziu o número de prisões, entre elas as de acusados de corrupção. A queda de produtividade, ocorrida na comparação entre 2018 e 2019, deu-se em um contexto de quase estabilidade orçamentária e no quadro de policiais na ativa.
A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Essa é a primeira vez que os dois indicadores registram queda desde que, em 2013, foi aprovada a nova lei de combate às organizações criminosas.
Desde então, os números de operações e prisões haviam subido de forma contínua até o recorde de 2018, com 1.563 operações e 9.938 prisões, incluindo os casos de flagrante e aqueles autorizados por ordem judicial. Em 2019, esses números caíram para 1.062 (-32%) e 9.226 (-7%), respectivamente. E, assim, o combate ao crime organizado e à corrupção prometidos pelo governo não se refletiu nos números da PF.
"A Polícia Federal chegou a um ponto em que, realmente, se não houver mais investimento, ela vai estacionar ou até diminuir o número de operações", afirmou o delegado Edvandir Paiva, presidente da Associação dos Delegados da PF. De acordo com ele, não há como "fugir disso". "Nós estamos extraindo o máximo possível com efetivo e orçamento que temos", disse.