Conselho de procuradores torna Dalanhinho réu
Do JOTA:
Por 10 votos a 4, o Conselho Nacional do Ministério Público determinou abertura de processo administrativo disciplinar contra o procurador Deltan Dellangol, da Lava Jato do Paraná, que afirmou que ministros da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal formavam uma panelinha e mandavam uma mensagem “muito forte de leniência a favor da corrupção”.
A decisão diverge de entendimento do Conselho Superior do Ministério Público Federal que arquivou no início do mês inquérito administrativo disciplinar aberto para investigar o procurador pelo mesmo fato.
O relator do caso foi o conselheiro Luiz Fernando Bandeira. As declarações de Deltan foram dadas após o colegiado, pelos votos de Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, determinar o envio para Justiça Eleitoral, retirando da Justiça Federal do Paraná, trechos de delação da Odebrecht que citavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Guido Mantega.
Em entrevista à rádio CBN, o procurador fez críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal – mais precisamente Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
“Agora, o que é triste ver é o fato de que o Supremo, mesmo já conhecendo o sistema, e lembrar que a decisão foi 3 a 1, os três mesmo de sempre do STF que tiram tudo de Curitiba e que mandam tudo para a Justiça Eleitoral e que dão sempre os habeas corpus, que estão sempre formando uma panelinha, assim mandam uma mensagem muito forte de leniência a favor da corrupção. Objetivamente, não estou dizendo que estão mal intencionados nem nada. Estou dizendo que, objetivamente, a mensagem que as decisões mandam é de leniência. E esses três de novo olham e querem mandar para a Justiça Eleitoral como se não tivesse indicativo de crime? Isso para mim é descabido”, afirmou, dizendo que os ministros formavam uma “panelinha”.
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