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Coronavírus: obscurantismo de Bolsonaro perde espaço

Narrativa bolsonarista foi enquadrada pela realidade
publicado 13/04/2020
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A narrativa do bolsonarismo sobre a pandemia do coronavírus já não tem a mesma força de outras ocasiões.

O número de mortes e as milhares de pessoas infectadas desconstruíram o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que o coronavírus se tratava de uma "gripezinha".

“A realidade se impõe às narrativas”, diz Felipe Nunes, professor de ciência política da UFMG e diretor da consultoria Quaest, especializada em pesquisas de opinião e nas redes sociais, em entrevista à revista Veja

De acordo com um levantamento da Quaest, Bolsonaro é o segundo em um grupo de dezoito líderes globais que mais perderam popularidade nos canais digitais entre fevereiro e março. O presidente brasileiro só fica atrás de Donald Trump.

“A base de Bolsonaro continua sólida, mas ele perdeu a oportunidade de crescer com o discurso de união e isolamento, usado por outros líderes mundiais”, avalia Maurício Moura, presidente do instituto Ideia Big Data, também em entrevista à Veja

Embora Bolsonaro ainda conte com a aprovação de um contingente fiel, 33% da população, uma pesquisa Datafolha feita entre os dias 1º e 3 de abril mostra arranhões em sua popularidade — a reprovação cresceu de 33% para 39%, e 17% dos eleitores que apontaram seu nome na urna em 2018 se mostram arrependidos do voto