Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / Coronavírus destrói reputação de Bolsonaro

Coronavírus destrói reputação de Bolsonaro

64% não confiam na capacidade do presidente em gerenciar a crise
publicado 27/03/2020
Comments
20200319090344_ff4729bfaeba2613c3f8321c21a7b9285d2cceac0f0041bfe8d69fc2bb57ff43.png

Crédito: Fotos Públicas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sofreu forte impacto em sua popularidade desde que estourou a crise provocada pelo coronavírus no Brasil.

De acordo com pesquisa do Instituto Travessia, divulgada pelo Valor Econômico 64% dos pesquisados não confiam na capacidade do presidente da República em gerenciar a crise. Em contrapartida, 70% apoiam as ações que vêm sendo implementadas pelos governadores.

O levantamento mostra que a maioria dos brasileiros (94%) afirma conhecer os problemas associados à pandemia e quais medidas podem evitar o contágio. A maior parte (54%) diz acreditar ainda que a covid-19 terá consequências “devastadoras” sobre a economia nacional.

Sob o ponto de vista político, 50% disseram que não aprovam as decisões tomadas até a realização da pesquisa pelo presidente. As mulheres (55%) e os jovens (75%, entre 16 e 24 anos) compõem os grupos com maiores índices de desaprovação.

Os mais ricos, aqueles que ganham acima de dez salários mínimos, estão entre os que questionam com maior firmeza a atuação de Bolsonaro, com 55% de reprovação.

“Esse é um dado interessante, pois foi esse grupo, formado por homens brancos com alta renda e escolaridade que apoiou maciçamente o presidente na eleição de 2018”, diz Maria Hermínia Tavares de Almeida, professora do Departamento de Ciências Políticas da Universidade de São Paulo (USP) ao jornal.

“Assim, com as decisões que tem tomado, Bolsonaro pode estar perdendo espaço entre seus eleitores mais fiéis”, completa.

O estudo aponta que apenas 24% dos entrevistados confiam na capacidade de Bolsonaro em gerenciar a crise do novo coronavírus. “Ainda que sejam questões diferentes, esses 24% ficam próximos dos 23% de apoio que o presidente tinha em junho de 2018, quando parecia que não seria eleito”, afirma a professora Maria Hermínia.

A pesquisa completa está aqui.