Dallagnol "confia integralmente" em colega da Lava Jato
O procurador Dallagnol em uma "live" no YouTube, julho de 2019 (Reprodução: Revista Fórum/YouTube)
Em mensagem em seu Twitter na tarde de sábado 30/XI, o procurador Deltan Dallagnol, o Dallanhinho, defendeu seu colega Januário Paludo, integrante da Operação Lava Jato que teria recebido propinas mensais pela proteção ao "doleiro dos doleiros" Dário Messer.
"Januário é um dos procuradores mais diligentes, dedicados e competentes do MPF. Conheço ele há 15 anos e confio integralmente nele", disse Dallagnol na rede social. "Os procuradores da força-tarefa reiteram a plena confiança no trabalho do procurador Januário Paludo, pessoa com extenso rol de serviços prestados à sociedade e respeitada no Ministério Público pela seriedade, profissionalismo e experiência".
Januário Paludo é membro da Operação Lava Jato desde sua criação, em 2014. Integrante do Ministério Público Federal (MPF) desde 1992, ele desempenha uma espécie de papel de conselheiro do procurador Deltan Dallagnol, além de possuir uma amizade com o atual ministro Sérgio Moro - ex-Judge Murrow.
Paludo tornou-se mais conhecido do grande público após reportagem da Vaza Jato do Intercept Brasil do dia 27/VIII revelar que ele e outros procuradores fizeram deboche sobre a morte de familiares do presidente Lula.
A respeito da morte de D. Marisa Letícia, em fevereiro de 2017, Paludo comentou: "estão eliminando as testemunhas".
Em janeiro de 2019, quando da morte do irmão Vavá, Januário Paludo afirmou que "o safado só queria passear".
Ontem, também no Twitter, o ex-deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) chamou o procurador Paludo de "um bate-pau da Lava Jato". Já Paulo Pimenta, líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, disse que "se o doleiro dos doleiros fizer uma delação", a turma da força-tarefa de Curitiba poderá ir em cana.
Em tempo: Dário Messer foi preso em 31/VII deste ano. Ele era alvo de investigações desde o fim dos anos 1980.
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