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Depois da eleição, avanço sobre o patrimônio público!

Carta mostra o efeito destruidor da PEC 241
publicado 09/10/2016
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O Conversa Afiada reproduz trecho da reportagem “A Hora do Rolo Compressor”, por André Barrocal, na Carta Capital desta semana:


Reprodução: Carta Capital

Respaldado pelos resultados das eleições municipais, o Governo Temer lança uma ofensiva contra a Constituição e o patrimônio público.


Na segunda-feira 3, dia seguinte às eleições municipais, o presidente Michel Temer foi a Buenos Aires encontrar o colega Mauricio Macri. O plano inicial era uma reunião na Casa Rosada, sede do governo argentino, mas a reação pelas redes sociais da internet, de repúdio à visita do brasileiro, tinha sido tamanha que o encontro acabou transferido para a residência presidencial, a Quinta de Olivos, mais sossegada e distante do centro. Adiantou pouco. Na chegada, o peemedebista foi recebido com gritos de "golpista", ratos de plástico, e cartazes "Fuera Temer". Mesmo assim, partiu contente rumo ao Paraguai, radiante com a "vitória esplêndida" de aliados na eleição da véspera, "especialmente agora que nós temos de aprovar algo que é fundamental".

"Fundamental para os propósitos do governo, certamente. O mesmo não pode dizer a população dependente de hospitais e escolas públicos. Com o sentimento de respaldo por conta do debacle do PT na eleição municipal, partido por ora líder da oposição, Temer mergulhou nas prometidas medidas impopulares. Sua prioridade número 1, a "fundamental", é aprovar no Congresso o congelamento por 20 anos de investimentos públicos em saúde e educação, entre outros, duas das áreas mais problemáticas e demandadas pelos brasileiros. Desse modo, crê o governo, o pagamento da dívida do Estado não correrá perigo, os aportes privados na economia voltarão e o crescimento virá a reboque.
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