Desmatamento na Amazônia cresceu 29,5% em um ano
Reprodução/Agência Brasil
No auge da crise do desmatamento na Amazônia, o governo Bolsonaro criticou a utilização de dados do "Deter", o sistema de alertas de desmatamento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O Inpe, inclusive, chegou a ser acusado pelo presidente Jair Bolsonaro de mentir sobre os dados e agir a "serviço de alguma ONG".
Segundo o governo, era necessário esperar os números do sistema "Prodes" - um levantamento mais preciso realizado por imagens de satélite.
Pois bem: o Inpe divulgou nesta segunda-feira 18/XI os dados do "Prodes", que revelam que a Amazônia perdeu para o desmatamento uma área de 9.762 km2 entre agosto de 2018 e julho de 2019.
É um índice 29,5% superior ao registrado no período anterior - agosto de 2017 a julho de 2018 - quando o Inpe contabilizou 7.536 km2 de floresta devastada.
Segundo G1, trata-se da maior área desmatada desde 2008, quando o Inpe registrou 12.911 km2 de desmatamento. Desde 2012, o aumento anual era de, em média, 11,4%.
O número apresentado via "Prodes" é 42,8% maior do que o apresentado pelos alertas do sistema "Deter".
Em tempo: sobre os sistemas "Deter" e "Prodes", assista às duas partes da entrevista exclusiva do professor Ricardo Galvão, ex-presidente do Inpe, à TV Afiada: Infantilidade de Bolsonaro bota fogo na Amazônia e Solução de Bolsonaro para a Amazônia é entregar medição aos EUA?.
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