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DF: envolvida em Máfia de Sanguessuga da Planam é presa por racismo

Xingou mulher de "neguinha" e "serviçal"
publicado 07/11/2019
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Ativistas do Coletivo de Entidades Negras (CEN) na Delegacia durante acompanhamento do caso de racismo - Reprodução/Mídia 4P

Via Mídia 4P - Investigada em 2006 por supostamente atuar como lobista da Planam no Congresso Nacional, Cristianne Mayrink Sampaio Silva Neto foi presa na madrugada desta quinta-feira, 7, na Asa Norte, em Brasília (DF), após cometer racismo contra uma mulher negra no bar Pinella.

O auto de prisão em flagrante foi lavrado na 5ª Delegacia de Polícia Civil, após depoimento de clientes presentes, da proprietária do estabelecimento e da intervenção de ativistas de direitos humanos e de combate ao racismo do Coletivo de Entidades Negras (CEN), que estavam no bar no momento.

Cristianne foi enquadrada no crime de injúria racial, por ter ofendido a vítima, que é ex-garçonete do estabelecimento, chamando-a de “neguinha”, “serviçal”, além de proferir frases como “ela está aqui para limpar o chão”, entre outras ofensas racistas.

Ela ainda agrediu o advogado do CEN, Marcos Alan da Hora Brito, arrebatando a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da mão dele e arremessando no chão.

Além disso, a agressora tentou passar-se por advogada durante o depoimento, mas depois confessou não ter carteira da Ordem – motivo pelo qual também irá responder, segundo o delegado de plantão.

Suposta lobista da Planam no Congresso, Cristianne Mayrink Sampaio Silva Neto recebeu da empresa acusada de liderar a máfia dos sanguessugas, de acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada à época do escândalo, depósitos e transferências que somam R$ 16.708.

Apesar de ser apontada como representante da Planam, Cristianne trabalhou entre o início de 2003 e abril de 2006 em pelo menos três gabinetes na Câmara, ainda segundo a Folha.

Entre abril e julho de 2003, ela foi funcionária do gabinete de Sandro Mabel (PL-GO). Depois foi para a liderança do PL e, do final de 2005 a abril de 2006, ficou lotada na Coordenação de Registro Funcional da Casa.

O jornal apurou na época, contudo, que, na prática, ela trabalhava no gabinete de Pedro Corrêa (PP-PE), cassado por envolvimento no mensalão.

Racismo

Segundo relatos, Cristianne já é marcada na região do bar onde ela foi presa por atos de discriminação e de racismo contra garçonetes e clientes.

Agressiva, ela ainda ofendeu outras pessoas que interviram na situação. Depois, tentou fugir para não ser conduzida pela viatura da Polícia Militar, mas foi contida por testemunhas do ato racismo.

A agressora deve passar por audiência de custódia em até 24 horas, onde pode continuar presa ou ser liberada para responder o processo livre.

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