Dias: tudo pode piorar para o Traíra!
Rejeição aumenta em todas as classes sociais
publicado
07/10/2016
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Créditos: Agência PT
O Conversa Afiada reproduz da Rosa dos Ventos de Mauricio Dias, na Carta Capital:
Temer: quem confia?
Ele já chegou ao poder chamuscado. Mas a rejeição só tem aumentado, diz o Ibope. Em todas as classes sociais
Michel Temer propõe-se, como anda dizendo, a tirar o País do atoleiro. Entretanto, após cinco meses de governo, os indicadores de avaliação mostram uma crescente decepção da opinião pública com ele, conforme apontam os números de recente pesquisa do Ibope.
E, pior ainda, está se tornando um presidente no qual os brasileiros não confiam: 68%.
Esse é um contingente de, aproximadamente, 120 milhões de pessoas em um total de 206 milhões.
O pessoal desconfia. Talvez por razões políticas recentes. Dilma Rousseff foi afastada da Presidência e Temer assumiu o poder montado em um golpe parlamentar. Chegou lá um tanto chamuscado.
Temer nunca conseguiu superar as notas vermelhas. As avaliações do governo dele sempre esbarraram na mediocridade. Na mais recente alcançou 14% de “ótimo” e “bom” e enfrentou 39% de “ruim e péssimo”. Na resposta “regular” obteve 34%. Ou seja, o eleitor que aponta o “regular” sinaliza com o “não bom”.
Reprodução: Carta Capital
Números não mentem. Pode haver erros, eventualmente. Até mesmo manipulação. A rejeição a Temer, diz o instituto de pesquisas com mais de 70 anos de história, avança por todas as classes sociais, ao longo do território nacional. Na classe média mais modesta, o repúdio ao presidente alcança 70%. No Nordeste, a não confiança chega a 75%.
Esses porcentuais podem estar um tanto contaminados pela desconstrução da política promovida pela mídia que vaga do conservadorismo ao reacionarismo. O primeiro turno das eleições municipais confirma isso.
No caso específico de Michel Temer formou-se um contraste radical com a legítima antecessora dele. Dilma tem um currículo impecável quando se trata de ética. Temer já foi embolado em vários episódios suspeitos, como, por exemplo, a indicação revelada pelo delator Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, empresa da Petrobras. Machado revelou ter entregado a Temer 6 milhões de reais em grana clandestina para o caixa 2. Ou seja, propina.
A avaliação de Temer não é, definitivamente, digerida pelo eleitor. Que governo é este? Eis algumas respostas.
Quando perguntados sobre a atuação do governo no combate ao desemprego, 67% desaprovam. No combate à fome e à pobreza há uma desaprovação de 64%. E por aí vai.
Este cenário tende a piorar. O hoje será pior amanhã. As perguntas do Ibope ao eleitor são, frequentemente, desprezadas pela atenção da mídia. Eis um exemplo.
Nas respostas sobre as lembranças do eleitor quanto às “principais notícias” sobre o governo de Michel Temer publicadas na imprensa emergem duas preocupações fundamentais na cabeça do eleitor. Uma delas, com 7% das respostas, se sobressai a partir das manifestações contra “o governo Temer”.
Com 8%, prevalecem as notícias sobre as mudanças nas regras da aposentadoria e possíveis mudanças no fator previdenciário.
Em outras palavras, tudo pode piorar para Michel Temer.
Ele já chegou ao poder chamuscado. Mas a rejeição só tem aumentado, diz o Ibope. Em todas as classes sociais
Michel Temer propõe-se, como anda dizendo, a tirar o País do atoleiro. Entretanto, após cinco meses de governo, os indicadores de avaliação mostram uma crescente decepção da opinião pública com ele, conforme apontam os números de recente pesquisa do Ibope.
E, pior ainda, está se tornando um presidente no qual os brasileiros não confiam: 68%.
Esse é um contingente de, aproximadamente, 120 milhões de pessoas em um total de 206 milhões.
O pessoal desconfia. Talvez por razões políticas recentes. Dilma Rousseff foi afastada da Presidência e Temer assumiu o poder montado em um golpe parlamentar. Chegou lá um tanto chamuscado.
Temer nunca conseguiu superar as notas vermelhas. As avaliações do governo dele sempre esbarraram na mediocridade. Na mais recente alcançou 14% de “ótimo” e “bom” e enfrentou 39% de “ruim e péssimo”. Na resposta “regular” obteve 34%. Ou seja, o eleitor que aponta o “regular” sinaliza com o “não bom”.
Reprodução: Carta Capital
Números não mentem. Pode haver erros, eventualmente. Até mesmo manipulação. A rejeição a Temer, diz o instituto de pesquisas com mais de 70 anos de história, avança por todas as classes sociais, ao longo do território nacional. Na classe média mais modesta, o repúdio ao presidente alcança 70%. No Nordeste, a não confiança chega a 75%.
Esses porcentuais podem estar um tanto contaminados pela desconstrução da política promovida pela mídia que vaga do conservadorismo ao reacionarismo. O primeiro turno das eleições municipais confirma isso.
No caso específico de Michel Temer formou-se um contraste radical com a legítima antecessora dele. Dilma tem um currículo impecável quando se trata de ética. Temer já foi embolado em vários episódios suspeitos, como, por exemplo, a indicação revelada pelo delator Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, empresa da Petrobras. Machado revelou ter entregado a Temer 6 milhões de reais em grana clandestina para o caixa 2. Ou seja, propina.
A avaliação de Temer não é, definitivamente, digerida pelo eleitor. Que governo é este? Eis algumas respostas.
Quando perguntados sobre a atuação do governo no combate ao desemprego, 67% desaprovam. No combate à fome e à pobreza há uma desaprovação de 64%. E por aí vai.
Este cenário tende a piorar. O hoje será pior amanhã. As perguntas do Ibope ao eleitor são, frequentemente, desprezadas pela atenção da mídia. Eis um exemplo.
Nas respostas sobre as lembranças do eleitor quanto às “principais notícias” sobre o governo de Michel Temer publicadas na imprensa emergem duas preocupações fundamentais na cabeça do eleitor. Uma delas, com 7% das respostas, se sobressai a partir das manifestações contra “o governo Temer”.
Com 8%, prevalecem as notícias sobre as mudanças nas regras da aposentadoria e possíveis mudanças no fator previdenciário.
Em outras palavras, tudo pode piorar para Michel Temer.