Doria afunda com desastre da Cracolândia
"Fez marketing e jabá - não necessariamente nessa ordem"
publicado
01/06/2017
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No Diário do Centro do Mundo:
Doria quis exterminar a cracolândia e acabou extinguindo a si mesmo — mas a culpa é de Haddad
Durou pouco mais de 100 dias a lua de mel de São Paulo com João Doria.
Nesse período, ele fez marketing e jabá, basicamente, não necessariamente nessa ordem.
Fantasiou-se de gari, puxou o tapete de seu criador, virou a grande esperança branca da extrema direita para presidente — e se afundou na ação catastrófica na cracolândia.
O higienista maluco achou que poderia resolver uma tragédia crônica de uma megalópole com a polícia e a especulação imobiliária.
Apanha diariamente da mídia amiga, o que não esperava. A truculência estudada, cultivada para ganhar eleitores de Jair Bolsonaro, o levou a puxar briga com carnavalescos, jogar flores no chão e chamar de “Lula” (?!?) qualquer ser humano que ousasse divergir dele.
A última jogada é típica de covardes e meninos mimados: terceirizar a responsabilidade.
Num evento nesta quarta, dia 31, Doria apontou o dedo para o antecessor Fernando Haddad quanto questionado sobre a burrada na cracolândia.
“Pergunta para o prefeito anterior”, disse a jornalistas que queriam saber da debacle no centro.
Haddad, elegantemente, não se manifestou.
Doria sempre foi uma fraude, mas agora não engana mais ninguém.
O estilo fascistoide contaminou até o secretário de Cultura André Sturm, um senhor pacato e franzino que, imitando o chefe, ameaçou um agente cultural de quebrar-lhe a cara numa reunião.
Afinal, se o prefeito faz isso todo dia, por que não o fariam seus subordinados?
(...) João Doria quis exterminar a cracolândia na base da porrada. Acabou extinguindo-se a si mesmo.
Mas a culpa, como sempre, é do PT.
Em tempo: o Prefeito caviar, aqui também chamado de prefake, já escolheu sua nova Secretária de Direitos Humanos. A anterior titular da pasta, Patrícia Bezerra, se demitiu após a ação desastrosa na Cracolândia.
A nova secretária é Eloisa Arruda, ex-secretária de Justiça do governador Geraldo Alckmin. Em 2012, após outro episódio de violência na região, ela chegou a dizer que a Cracolândia "não existe mais".