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Eles conseguiram: criança desmaia de fome em escola no DF

Jogaram o PNAE da Presidenta Dilma pelo ralo...
publicado 18/11/2017
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Fachada da Escola Cruzeiro, em Brasília, onde a criança desmaiou (Reprodução/Blog de Luiz Müller)

Do Blog de Luiz Müller:

A notícia esta em toda a mídia. E foi nos arredores de Brasília. Imagina então como já esta nos rincões mais distantes, onde a mídia não vai.

Nos Governos Lula e Dilma, o PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar passou a fornecer alimentação escolar completa. Café, lanche e almoço. E obrigatoriamente pelo menos 30% dos alimentos fornecidos tinham que ser de produtos in natura e comprados dos produtores locais, fortalecendo a agricultura familiar. Tudo isto acabou. Agora em muitas escolas só restam os “biscoitos”, como diz a Diretora da Escola que suscitou a matéria que agora circula e envergonha mais ainda o Brasil no mundo. E como “desgraça pouca é bobagem”, Estados estão fechando escolas por serem “custosas” aos cofres e acabam obrigando estas crianças pobres a se deslocarem dezenas de km para poderem frequentar a Escola. Por 500 anos, milhões de brasileiros foram mantidos na miséria e na ignorância por uma classe dominante avara e exploradora. Em 12 anos de governos do PT, a miséria foi erradicada e o povo estava começando a evoluir na educação. A Classe dominante não aturou isto por muito tempo e derrubou o Governo do PT para que o Brasil voltasse a sua situação de país colonial, colonizado por interesses estrangeiros. O Congresso Nacional votou até leis que incentivam a volta do trabalho escravo. Isto tudo em menos de dois anos. Voltamos ao passado. Acorda Brasil.

Leia matéria do Jornal Meio Norte, mas reproduzida em muitos órgãos da grande mídia.

Sem almoço, aluno desmaia de fome em colégio a 30 km de casa no DF

Secretaria diz que oferece só biscoitos porque aula não é integral


Um aluno de 8 anos desmaiou de fome, nesta semana, enquanto assistia à aula em uma escola do Cruzeiro, no Distrito Federal. A criança mora no Paranoá Parque, um empreendimento do Minha Casa, Minha Vida. Como não há colégio público no local, as 250 crianças do condomínio percorrem 30 quilômetros, todos os dias, para frequentar a escola.

“A gente chamou o Samu. Quando o Samu chegou e fez o atendimento, e viu que era fome, até o rapaz praticamente chorou”, conta a professora Ana Carolina Costa, que dava aula para a criança que sofreu o desmaio. “A gente se sentiu impotente. Como uma criança desmaia de fome?”

A Secretaria de Educação disse “lamentar” o caso do estudante, e informou que não oferece almoço às crianças porque não há ensino integral na unidade. A reportagem insistiu e, em uma nova resposta, a pasta disse que vai “reavaliar” a situação.

No comunicado, a secretaria diz que fornece um “lanche” a cada turno – segundo funcionários, a merenda é composta por biscoito e suco, na maioria das vezes.

Fome e pobreza

De acordo com a equipe da Escola Classe 8 do Cruzeiro, a reclamação de fome é comum entre os alunos. As aulas acontecem à tarde mas, por causa da distância e do número de paradas, muitas crianças saem de casa às 11h, e passam o horário de almoço no transporte escolar do governo.

Como as famílias têm renda baixa, muitos desses alunos saem sem almoçar. Segundo Ana Carolina, boa parte das crianças nem tem o que comer em casa, e vão à escola contando com a merenda.

“Ficam dispersos, não prestam atenção. Eles falam: ‘tia, tô com fome.’ […] A escola faz o que pode, chama a família, o Conselho Tutelar, não é omissão da escola”, diz a professora.

O lanche citado pela Secretaria de Educação é fornecido por volta das 15h30, no recreio das aulas da tarde. Após recobrar os sentidos, a criança que desmaiou em sala de aula contou aos médicos do Samu qual tinha sido a última refeição: um prato de mingau de fubá, comido no dia anterior.