Em dez anos, Economist escancara a derrocada do Brasil
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Um artigo da BBC Brasil publicado na sexta-feira, 3/VIII, demonstra, através de capas da respeitada revista (de banqueiros) britânica The Economist, a evolução da imagem brasileira no exterior entre 2009 e 2019.
"Evolução" que, na verdade, pode ser chamada de "derrocada".
Em novembro de 2009, penúltimo ano do segundo governo Lula, a capa da Economist mostra a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, decolando como um foguete: "Brazil takes off".
O Brasil decola!
Reprodução/The Economist
Quatro anos depois, em setembro de 2013 - poucos meses após os protestos de junho - a revista apresentou críticas à economia do país, com um Cristo desgovernado: "Has Brazil blown it?" - o Brasil perdeu sua chance?
Reprodução/The Economist
O golpe fatal veio na atual edição, publicada nesta sexta-feira, 2/VIII/2019.
O Brasil é uma ameaça ao meio ambiente, diz a Economist.
"Deathwatch for the Amazon" é o título da reportagem de capa: "Vigília de morte para a Amazônia".
Reprodução/The Economist
Segundo a reportagem, o presidente Jair Messias "deixou claro aos desmatadores que eles não têm nada a temer".
"A Amazônia pode estar próxima de um 'ponto de não-retorno', além do qual sua transformação em uma savana não poderá ser revertida, ainda que o desmatamento seja interrompido. O presidente Bolsonaro acelera tal processo - em nome, diz ele, do 'progresso'. O colapso ecológico que suas políticas podem precipitar serão sentidos mais fortemente dentro do seu próprio país - mas as consequências atingirão o mundo inteiro", continua.
Bolsonaro, ao que parece, não se importa nem um pouco com essas críticas.
O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, tentou revelar o estrago que o governo Bolsonaro, em poucos meses, já causou à Amazônia.
A resposta do Jair Messias foi demitir Ricardo Galvão.
Em tempo: o desmatamento bolsonário foi pauta também no The New York Times.
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