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Em Manaus, o horror chegou

Prefeito da cidade cobra postura de Bolsonaro em meio à pandemia
publicado 22/04/2020
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Crédito: Sandro Pereira/Fotoarena/Agência O Globo

Um das cidades que mais sofrem com a pandemia do novo coronavírus no Brasil, Manaus já tem mais de 100 sepultamentos por dia.

Diante do colapso no sistema de saúde do estado do Amazonas e de uma explosão no número de enterros, o maior cemitério de Manaus teve que abrir valas comuns para dar conta do sepultamento das vítimas.

Além de abrir valas, a Prefeitura  instalou duas câmaras frigoríficas no cemitério para resguardar os corpos antes do enterro.

Diante do aumento da demanda por enterros, a prefeitura informou que o acesso ao cemitério está restrito aos que forem sepultar familiares.

Segundo último boletim divulgado pelo estado o Amazonas soma 2.160 casos confirmados do novo coronavírus e 185 mortes. Manaus é o município mais afetado, com 1.772 casos e 156 mortes.

O prefeito da cidade, Arthur Vírgilio (PSDB), criticou nos últimos dias a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Não podia deixar de condenar o presidente participar de um comício, aglomerando, e ainda por cima tecendo loas a essa coisa absurda que foi o AI-5. Cassou meu pai, Mário Covas, pessoas acima de quaisquer suspeitas, e que serviam o país. É de extremo mau gosto o presidente participar de um comício, insistentemente contrariando a OMS e os esforços que fazem governadores e prefeitos. Bolsonaro toca diariamente nas minhas feridas", disparou.