Em nota, Gilmar não fala em "genocídio", mas volta a criticar ocupação militar na Saúde
(Foto 1: Nelson Jr./STF - Foto 2: José Dias/PR)
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou uma nota para explicar sua declaração de que o Exército se associou a um "genocídio" em meio à pandemia do novo coronavírus. No texto, o magistrado destacou que respeita as Forças Armadas, mas que não cabe a elas formular políticas públicas de saúde.
"Reforço, mais uma vez, que não atingi a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Aliás, as duas últimas nem sequer foram por mim mencionadas. Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros", disse o ministro na nota.
"Nenhum analista atento da situação atual do Brasil teria como deixar de se preocupar com o rumo das nossas políticas públicas de saúde. Estamos vivendo uma crise aguda no número de mortes pela Covid-19, que já somam mais de 72 mil. Em um contexto como esse, a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas", completou Gilmar.