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Escrachos: Cunha, te cuida!

É uma resposta ao Golpe
publicado 25/04/2016
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Nesta segunda-feira (25), o Conversa Afiada entrevistou Thiago Pará, um dos coordenadores do Levante Popular da Juventude, movimento que realiza uma série de escrachos contra políticos que pregam e votam pelo Golpe contra a Presidente Dilma Rousseff.

A Paulo Henrique Amorim, Thiago afirmou que um dos próximos alvos deve ser o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha [PMDB-RJ].

Leia a entrevista:

PHA: Thiago, qual é a sua função no Levante Popular?

Thiago: Eu sou um dos coordenadores nacionais do movimento.

PHA: O que é o Levante Popular?

Thiago: O Levante Popular da Juventude é um movimento nacional de jovens, que surgiu em 2006 e se nacionalizou em 2012, e que, desde lá, organiza jovens em escolas de bairros de periferia e em universidades e procura atuar nas questões centrais da política.

PHA: Vocês são os que organizam os escrachos?

Thiago: Isso. Nós estamos organizando uma série de escrachos pelo Brasil sobre o tema do impeachment.

PHA: E vocês realizaram, se não me engano, um em frente ao Palácio do Jaburu e outro em frente ao apartamento do [deputado] Jair Bolsonaro [PSC-RJ], no Rio, e também um em Sergipe. Não é isso?

Thiago: Isso, nós temos uma campanha lançada no feriado de 21 de abril para dar uma resposta ao Congresso Nacional que votou a abertura do processo de impeachment da Presidenta Dilma. Então, na quinta-feira, fizemos um escracho em São Paulo na residência do vice-presidente Michel Temer. No mesmo dia, ele decidiu sair de São Paulo em resposta ao nosso escracho, que dizia que ali era o Quartel General do Golpe.


Na sexta, fizemos o escracho do Benjamim Maranhão da Paraíba. No sábado, realizamos um escracho em Brasília no Palácio do Jaburu. E no domingo, escrachamos o Bolsonaro e o André Moura [PSC], de Sergipe, que é tido como braço direito de Eduardo Cunha.

PHA: Vocês teriam como anunciar quais são os próximos escrachos ou isso seria uma surpresa?

Thiago: O escracho tem como um dos princípios a realização relâmpago, então não tem como anunciar. Mas certamente teremos vários outros ainda nessa semana.

PHA: Vocês têm alguma ideia de, digamos, homenagear o presidente da Câmara, Eduardo Cunha?


Thiago: Claro. Fomos nós que realizamos, no fim do ano passado, aquela chuva de dólares dentro do Congresso Nacional. Ele é uma das figuras centrais e é um dos nossos alvos, assim como o alto escalão do PMDB.

PHA: Vocês são subordinados a algum partido político?

Thiago: Não, o Levante é um movimento autônomo. A gente surgiu de uma iniciativa com os movimentos sociais. Apesar disso, temos boas relações com os partidos de esquerda como o PT, PSOL, PCdoB.

PHA: Vocês estão preparados para sofrer algum tipo de resposta como agressões físicas como houve ontem em frente a FIESP?

Thiago: Nós não realizamos atos com a intenção de produzir agressão física ou violência. E recomendamos à nossa militância de não aceitar provocações, pois elas vêm. No domingo mesmo, no Rio, tiveram três moradores em frente à casa do Bolsonaro que tentaram nos agredir, mas nós cuidamos ali, temos uma equipe de segurança para evitar esse tipo de situação.

Sabemos que a nossa juventude também não abaixa a cabeça para ninguém, mas a nossa orientação é não produzirmos esse tipo de cena.

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