Ex-capitão da PM do Rio é líder de grupo fascista!
O ex-capitão Henry Ribeiro, de terno cinza, ao lado de Eduardo Fauzi, responsável pelo atentado contra o "Porta dos Fundos" (Reprodução: YouTube/SBT Rio)
Reportagem publicada pelo SBT do Rio de Janeiro na tarde desta terça-feira 8/I mostra que Henry Ribeiro, capitão reformado da Polícia Militar, é um dos líderes da "Frente Integralista Brasileira" - um grupo de extrema direita que atua na capital fluminense e também nas redes sociais.
O grupo considera-se herdeiro da "Ação Integralista Brasileira", o partido fascista liderado por Plínio Salgado na década de 1930.
Eram os chamados "camisas-verdes", por causa da cor de seus uniformes - e, também, em referência aos "camisas-negras", seguidores de Mussolini na Itália.
(Ou "galinhas verdes", como ficaram conhecidos após tomarem uma surra conjunta de anarquistas, stalinistas e trotskistas na Batalha da Praça da Sé, em São Paulo, em outubro de 1934...)
Henry Ribeiro, chefe dos modernos integralistas, já foi preso em 1998 por extorquir motoristas de transporte alternativo e, em 2013, por porte ilegal de arma. Ele também é acusado de agressão, formação de quadrilha e estelionato.
A "Frente Integralista" é o mesmo grupo ao qual era filiado Eduardo Fauzi, o incendiário que assumiu a responsabilidade pelo ataque à produtora do canal humorístico "Porta dos Fundos", na madrugada do último dia 24/XII.
A reportagem descobriu vídeos no YouTube em que Ribeiro faz a saudação integralista "anauê" - uma cópia dos gestos fascistas e nazistas - e também faz ameaças ao ex-candidato à presidência Ciro Gomes.
O ex-capitão Henry Ribeiro e o "anauê" integralista (Reprodução: YouTube/SBT Rio)
Em outros trechos, o ex-capitão aparece ao lado do incendiário Eduardo Fauzi - a dupla, inclusive, lidera uma pequena marcha integralista pelas ruas do centro do Rio de Janeiro.
Assista à reportagem do SBT:
Reprodução: YouTube/SBT Rio
Em tempo: além de integralista, Eduardo Fauzi era filiado ao PSL, o ex-partido de Jair Bolsonaro, desde 2001. Ele foi expulso da sigla após seu envolvimento com o ataque ao "Porta dos Fundos" ser revelado.
Em tempo2: Fauzi admitiu a possibilidade de entrar no novo partido de Bolsonaro, a Aliança Pelo Brasil.
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