FHC, o hipócrita, pensa que é de Gaulle
O Conversa Afiada submete aos amigos navegantes uma re-leitura generosa de trechos memoráveis do artigo - besuntado de colesterol, como sempre - que Fernando Henrique Cardoso Brasif publicou no Estadão em comatoso estado, e no Globo Overseas,com o título (é um jênio!) "Convicção e esperança"!
Falta alguém dizer, como De Gaulle disse quando viu o desastre da Quarta República francesa e a derrocada das guerras coloniais, que era preciso manter uma “certa ideia da França” e mudar o rumo das coisas. Aqui e agora, guardadas as proporções, é preciso que alguém — ou algum movimento — encarne uma certa ideia de Brasil e mude o rumo das coisas.
(O de Gaulle é ele!
Ele espera que o povo vá buscá-lo em Colombey-les-Deux Hygyenopolís para salvar a República Federativa da Cloaca que ele ajudou a fundar com a incansável pregação Golpista contra a Dilma.
E a ideia dele do Brasil é a dependência irremediável aos Estados Unidos!)
Precisamos sentir dentro de cada um de nós a responsabilidade pelo destino nacional.
(O destino nacional é tirar os sapatos ao entrar nos Estados Unidos. Ou entrar como seu parceiro, o Careca, o maior dos ladrões, que ninguém sabe como saiu do Estádio Nacional do Chile do Pinochet e foi parar na Cornell University, nos Estados Unidos.)
(...) Isso não significa desconhecer que existam conflitos, inclusive os de classe, nem propor que política se faça só com “os bons”.
(Quando era marxista - depois, na segunda edição do livro "Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional" tirou a referência a Marx -, ele tratava dos conflitos de classe. Hoje, a expressão se refere à luta entre os que querem passar da classe Econômica para Business, nos voos da Air France para Paris. O "bons", no caso, são os que fizeram parte do Ministério dele, egressos do PMDB e PFL.)
(...) Penso que o polo progressista, radicalmente democrático, popular e íntegro, precisa se “fulanizar” em uma candidatura que em 2018 encarne a esperança.
("Fulanos" podem ser o Prefake e o Santo do Alckmin, que tem 1% da preferência na Vox, o Careca, que nem aparece mais nas pesquisas, ou o Mineirinho, o gângster que preside o PSDB. Eles encarnam a esperança de não ir para a cadeia).
(...) Um governo que, sobretudo, diga em alto e bom som que decência não significa elitismo, mas condição para a aceitação dos líderes pelos que hão de sustentá-los... Infelizmente Lula despiu o macacão e se deixou engolfar pelo que havia de mais tradicional em nossa política: o clientelismo e o corporativismo, tendo a corrupção como cimento.
(Quem se deixou engolfar pela corrupção foi o filhinho dele, que levou uma grana da Petrobras, segundo o insuspeito depoimento do Cerveró. E como é que ele bancava as despesas em Barcelona da ex-amante e do filho que não é dele? A Brasif? Quem comprou a reeleição, como demonstra o Palmério Dória, no irrefutável "Príncipe da Privataria"? O Lula, a Dilma? Quem comprou aquele apartamentinho em Hygyenopolís do banqueiro Safdié, matéria que o Ministério Público de São Paulo, seduzido pelo Alckmin, jamais investigará? E como foi que ele comprou aquela fazendola em Minas, imediatamente após deixar a Presidência?)
(...) de pouco adianta substituir quem manda hoje por alguém eleito indiretamente: ao líder faltaria o sopro de legitimidade dado pelo voto popular, necessário para enfrentar os desafios contemporâneos.
(Portanto, se o de Gaulle de Hygyenopolís fosse deputado, votava com o ladrão presidente.)
Em tempo: como diz o professor Jessé Souza, que lança, em breve "A Elite do Atraso - da Escravidão à Lava Jato" - saiba mais na TV Afiada: o ódio não é à corrupção, mas ao PT e à ralé - , o Príncipe dos Sociólogos não produziu uma única ideia original. É como o Serra: em 60 anos de vida pública também não teve uma única ideia original. Preferem, os dois, dar uma caiação em ideias (ruíns, viu Merval?) alheias.
PHA