Fotos reforçam suspeita de que morte de miliciano foi queima de arquivo
Miliciano Adriano da Nóbrega foi morto pela PM em 9/II (Reprodução/Rede Globo)
A revista Veja resolveu estampar a capa de sua edição desta quinta-feira 13/II com fotos da autópsia de Adriano da Nóbrega, o ex-policial e miliciano com fortes elos com o clã Bolsonaro.
Adriano, chefe do grupo de extermínio conhecido como "Escritório do Crime", foi morto em uma operação policial na Bahia no domingo 9/II.
Apesar da capa com fotos do cadáver, digna do finado Notícias Populares, a reportagem reforça as suspeitas de que a morte de Adriano pode ter sido uma operação de queima de arquivo.
A ação policial contra o miliciano contou com cerca de setenta homens. De acordo com a reportagem, o corpo de Adriano exibia marcas de coronhadas e indícios de tiros disparados a curta distância.
As imagens reforçam as suspeitas de sua esposa e de seu advogado de que os policiais nunca quiseram prender Adriano - mas, sim, executá-lo.
Disse à revista o doutor Malthus Fonseca Galvão, professor da Universidade de Brasília (UnB) e ex-diretor do Instituto Médico Legal (IML) do Distrito Federal: "pode ter sido uma troca de tiros? Pode. Pode ter sido uma execução? Pode. Qual é o mais provável? Com esse disparo tão próximo, o mais provável é que tenha sido uma execução"
Gostou desse conteúdo? Saiba mais sobre a importância de fortalecer a luta pela liberdade de expressão e apoie o Conversa Afiada! Clique aqui e conheça! |
Leia também no Conversa Afiada:
- Miliciano ligado a Flávio Bolsonaro morre na Bahia
- Nassif: por que a mídia não liga os Bolsonaros ao caso Marielle?
- Se fosse um cerco, Adriano se entregaria. Foram para eliminá-lo!
- Ivan Valente joga Queiroz, Adriano da Nóbrega e Ustra na cara do Moro!
- Bolsonaro está furioso com repercussão da morte de miliciano
- Auler: esse “arquivo morto” perseguirá os Bolsonaro
- Ministério do Moro sabia da ação que matou miliciano!
- Wyllys: fronteira entre o crime e o Ministério da Justiça se apagou?
- No dia em que miliciano morreu, Moro vai às redes para defender publicidade infantil